quarta-feira, junho 1
crónica de um pai reformado
Levantei-me à pressa para ir estacionar o carro correctamente não vá a EMEL aparecer sem ser convidada, ponho uns mocassins e uns calções, passo alguma agua pela cara e saio precipitadamente à rua. Mal pego no carro há um vizinho que arranca para o trabalho, deixando vaga para o meu.
Chego ao café às 8.20, dirijo-me ao balcão, escolho um croissant, sento-me, e logo depois saio por segundos e regresso com um jornal na mão.
Reparei que uma cliente que conheço de vista desde que moro no bairro não tirava os olhos de mim. Sentei-me de costas para a sala e portanto para ela, para beneficiar da luz do dia.
Esperava eu pelo café quando uma mão aterrou suavemente no meu braço esquerdo e outra no pescoço: Era essa senhora, que ao sair, me disse:
- Ai as suas pernas, as suas pernas faziam a inveja de muita gente!
O que ela disse mesmo foi "de muita mulher" mas como não me sentia assim tão confortável com essa comparação pelo que neste relato opto por uma versão mais neutra.
Como a vida me deu algum calo neste tipo de situações, olhei para ela e respondi sem me perturbar:
- Ó senhora não diga isso, estou quase com setenta anos!
Para impor algum respeito a este encontro matinal também lhe chamei a atenção que morava no bairro há 40 anos, mas ela, sem perder tempo continuou carinhosamente:
- Ai tão charmoso! É tudo, é a maneira como se move... Eu é que já tenho 86!!
Passava por setenta e poucos. Acrescentou que também morava por aqui há 50. E seguiu o seu caminho.
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Chego ao café às 8.20, dirijo-me ao balcão, escolho um croissant, sento-me, e logo depois saio por segundos e regresso com um jornal na mão.
Reparei que uma cliente que conheço de vista desde que moro no bairro não tirava os olhos de mim. Sentei-me de costas para a sala e portanto para ela, para beneficiar da luz do dia.
Esperava eu pelo café quando uma mão aterrou suavemente no meu braço esquerdo e outra no pescoço: Era essa senhora, que ao sair, me disse:
- Ai as suas pernas, as suas pernas faziam a inveja de muita gente!
O que ela disse mesmo foi "de muita mulher" mas como não me sentia assim tão confortável com essa comparação pelo que neste relato opto por uma versão mais neutra.
Como a vida me deu algum calo neste tipo de situações, olhei para ela e respondi sem me perturbar:
- Ó senhora não diga isso, estou quase com setenta anos!
Para impor algum respeito a este encontro matinal também lhe chamei a atenção que morava no bairro há 40 anos, mas ela, sem perder tempo continuou carinhosamente:
- Ai tão charmoso! É tudo, é a maneira como se move... Eu é que já tenho 86!!
Passava por setenta e poucos. Acrescentou que também morava por aqui há 50. E seguiu o seu caminho.
quinta-feira, abril 7
última hora
a minha paciência acabou de descer abruptamente no ratting.
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quinta-feira, janeiro 6
fui
- a mãe tem dores nas costas?
- tem. muitas...
- vamos comprar uma mãe nova.
- uma mãe nova?? não podemos arranjar só umas costas novas para esta mãe?
- não. vamos comprar uma mãe nova. é melhor...
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- tem. muitas...
- vamos comprar uma mãe nova.
- uma mãe nova?? não podemos arranjar só umas costas novas para esta mãe?
- não. vamos comprar uma mãe nova. é melhor...
sexta-feira, maio 28
pois que dizer
sobre os que, sem sentido de humor nem pingo de sabedoria, «têm» o rei na barriga?
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segunda-feira, maio 24
e pobres
... os que não receberam nem um pingo de sabedoria.
burrice é coisa ruim!
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burrice é coisa ruim!
quinta-feira, maio 20
tristes...
...aqueles que não receberam o dom do sentido de humor :)
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segunda-feira, maio 17
o difícil que é...
...ter razão antes do tempo.
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sexta-feira, abril 30
coisas de mãe XIII
descobri uma nova medida. agora, lá em casa, em vez de «pequeno», diz-se «quase». «quase» qualquer coisa, pois claro. trata-se, portanto, de uma medida relativa, o que torna a realidade muito mais colorida!
mãe, vamos tomar o quase-almoço?
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mãe, vamos tomar o quase-almoço?
segunda-feira, março 29
pouca vergonha
... ao tempo que eu não vinha aqui...!
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quinta-feira, abril 9
as diferenças III
a negociação. há sempre um que tem de ir na terceira fila do carro. e nem sempre é fácil...
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quarta-feira, abril 8
as diferenças II
o azul. o azul já não faz o pleno nos olhos da minha descendência...
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segunda-feira, abril 6
as diferenças I
as malas. fazer malas de três ou de quatro faz (para mim) toda a diferença!
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quinta-feira, abril 2
as diferenças
sim, geralmente há sempre um que está doente...
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terça-feira, março 17
lembrete
andar como se estivesse
a "chupar esparguete"
sexta-feira, fevereiro 27
saudades...
...dos congressos. das entrelinhas, das meias palavras, do fervor de certos discursos vazios e da serenidade daqueles cheios de conteúdo, ou disto mesmo mas ao contrario, das espingardas, dos nomes, das listas, as contas, a caça à notícia, os almoços e os jantares, o companheirismo.
o meu fim de semana vai transbordar nostalgia
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o meu fim de semana vai transbordar nostalgia
borla
em época de crise, é sempre bom saber onde comprar barato.
pois bem, a loja dos 300 reabriu. o FTA foi ao armazém, encontrou lá umas coisas, tirou-lhes o pó, e reabriu a chafarica. é bom e barato. só não dá milhões.
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pois bem, a loja dos 300 reabriu. o FTA foi ao armazém, encontrou lá umas coisas, tirou-lhes o pó, e reabriu a chafarica. é bom e barato. só não dá milhões.