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quarta-feira, março 31

saramago 

«Estou contra contra o sistema que nos governa e consegui encontrar o instrumento por excelência de contestação: o voto em branco.»

fico contente por saramago ter feito esta descoberta. a sério que fico.
de resto... que dizer? acho que me vou dar ao luxo de nem lhe dar importância.

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parece incontrolável... 

... hoje trago em mim toda a tristeza do mundo...

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noite branca 

hoje acordei com aquela sensação estranha, sem saber se tinha ou não chegado a pregar olho durante a noite. pelo consaço (ou será estado de espírito?), acho que não...
era melhor que fosse sexta, mas fico contente por ser quarta feira!

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terça-feira, março 30

uma já cá canta 

«Felizmente que, apesar da tirania da opinião, grande parte das mulheres resiste à pressão e preserva a superioridade. A virgindade e a maternidade brilham ainda neste tempo confuso. E, juntas na mesma pessoa, cintilam no mais alto dos céus, acima de toda a criatura.» João César das Neves continua a surpreender.

vejamos... eu já cumpri uma das partes: a da maternidade. duas vezes. será que o meu ascendente virgem cumpre a segunda, permitindo-me cintilar «no mais alto dos céus, acima de toda a criatura»? resta-me esperar que sim.

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segunda-feira, março 29

«Posso votar no Kerry?» 

«Não votei nas últimas legislativas. Nem nas autárquicas. E nas presidenciais tambem não» Estavámos a comentar o apelo do Saramago ('Saramago, candidato comunista ao Parlamento Europeu') ao voto em branco. Bem, a Inês não pertence à imensa massa que deixou, pura e simplesmente, de ir votar. Não. A Inês pertence àquela minoria ignorada que se dá ao trabalho de sai r de casa para pôr o seu voto na urna. Um voto em branco, é certo, mas é um voto. Com expressão. Mais expressão que a abstenção. Em branco, porque votar « não é apenas um direito, é um dever », explicou. Votar, não desistir de votar. Não desistir de ter voz nem de dar voz. Em branco, porque na política portuguesa, diz, não vê alternativa. «Mas gostava de votar no Kerry…», concluiu, com um sorriso na cara.

Ninguém pode obrigar país algum a deixar que o resto do mundo decida o seu futuro político, é certo, mas às vezes apetece. E, neste caso específico, eu até achava justo. Então como é? Pode jogar-se ao jogo do «Risco» assim, sem mais nem menos? Não seria justo ter contrapartidas de todos os que tivessem pretensões de ter em mãos as rédeas do mundo? Acho que se lhes devia poder pedir qualquer coisa em troca. Eu achava justo… Claro que este voto não teria consequências na vida interna do País. Mas podia servir de base para a externa... Claro que este voto não seria vinculativo. Era o que mais faltava. Mas ficava expresso, dava uma ideia do que se pensa por esse mundo fora. O que pensam os amigos do Médio Oriente sobre os candidatos, as suas políticas, as suas promessas? E a África subsaariana, que sinal lhes quer dar? E a velha Europa? Dava uma base bestial para um estudo socio-político desta nossa Terrinha. Com um tema destes até era capaz de fazer a vontade à minha mãe e lançar-me a fazer o doutoramento…

Podia criar-se uma daquelas cadeias cibernáuticas infernais, em que fossemos votando. Se todos nós mandassemos a mensagem para todos os nossos amigos espalhados por aí e esses a mandassem, por sua vez, para os seus amigos espalhados por aí, acho que se conseguia dar a volta ao mundo… ou então, abrir uma página na net em que pudessemos todos votar. Alguém quer pegar na ideia?

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Era uma vez uma mãe-pintaínha 

A pedido de variás famílias, aqui vai mais uma história «de Barbie». Amigo JPH, este é um post sobre filhos, bébés, portanto não percas tempo… passa ao próximo.

Na semana passada, a Maria foi à quinta pedagógica com a escola. Nesse dia cheguei tarde a casa e já não falámos sobre a sua aventura. Mas no dia seguinte …

«Então, Maria, que tal a quinta?»
«Tinha muitos biiichos»
Apatecia-me perguntar pelas gibóias, pelos tigres e elefantes, pelos crocodilos, os macacos e as toupeiras, perguntar se o Tarzan e a jane também lá estavam, mas contive-me. Afinal, eu queria mesmo saber como era a quinta, queria que ela me contasse o que tinha visto, de que mais tinha gostado. Portanto limitei-me a perguntar: «Tinha?»
«Sim, mãe. Tinha muitos pintaíiiinhos»
«E a galinha, estava lá com eles?»
«Não, mãe. A galinha estava a dormir.» Confesso que estive mesmo tentada a procurar explicações psicanalíticas… ‘Será que é essa a imagem que ela tem de mim?!? Serei eu a galinha, nesta história?’ Mas deixei-me disso. E continuei como se nada fosse: «Então quem é que estava a tomar conta dos pintaínhos?»
«A mãe-pintaínha!» Óbvio! Mas porque é que não pensei logo nisso???
«Oh Maria, mas a mãe dos pintaínhos é a galinha…»
«Não mãe. A galinha estava a dormir. Então quem estava lá era a avó-pintaínha.» E máinada!

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quinta-feira, março 25

todos os nomes 

mas eu ando-te a chatear, para ter de te ouvir?
1. não, não demorei três meses a pensar num nome. achas, sinceramente, que se tivesse passado três meses (ou até três dias) a pensar num nome, me tinha ficado por um bigo meu? adiante. fiquei umas horas. talvez de um dia para o outro.
2. e agora que andas para aí armado em esperto é que vais ver o que é bom. e não me melgues no «como é que se faz, vá lá, ajuda lá...» que depois de tanta boca não sei se te vou ajudar. amanha-te!
3. e como prometido, para te calares de uma vez por todas, aqui vão alguns dos nomes que podiam mandar por aqui. com comentários.

• dar uma curva (vai...)
• para lá de manágua (sim, sim, porque eu andei por lá... embrulha!)
• um bigo (sim, inicialmente era um bigo. mas o blogger não deixou. pensei que era nabice minha, mas depois fiquei a saber que já havia um com este nome. fui lá ver e fiquei contente ao descobrir que só tem dois posts e que remontam ao ano passado)
• às vezes apetece (... tanta coisa...)
• cá t'espero
• ir(r)a (gostei do jogo de palavras, e das minhas iniciais. mas não. era foleiro demais)
• ao sabor das marés (andamos todos, não é?)
• olho clínico
• bisturi (esteve mesmo para ser este...)
• plutão na 1 (bruxarias...)
• a ferros (hum... ainda lhe davam conotação política...)
• central de propaganda (esteve, também para ser este. mais que o umbigo ou o bisturi. mas a gabi chumbou-o...)
• de olhos fechados (demasiado cinematográfico)
• aqui tão perto (tudo, pela net, està à mão de semear)
• tudo ao molho (sempre. e fé no que apetecer).

bom, e agora, tens mais alguma coisa a dizer? vou marcar na agenda. quinta feira, 25 de março, o rui quis fazer um blogue. primeiro vou ver quanto tempo vais precisar para arranjar uma porcaria dum nome. e depois (he he), que porcaria de nome foi esse. mais alguma coisa? cá t'espero...

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la la la... 

desculpem lá, mas tenho esta música na cabeça desde ontem. e como já sei ir pescar letras à net, aqui vai. sem segundos sentidos. só por si. uma música da minha geração (mais coisa menos coisa). enjoy!

Baby we can talk all night
But that ain't gettin us nowhere
I told you everything I possibly can
There's nothing left inside of here
And maybe you can cry all night
But that'll never change the way I feel
The snow is really piling up outside
I wish you wouldn't make me leave here
I poured it on and I poured it out
I tried to show you just how much I care
I'm tired of words and I'm too hoarse to shout
But you've been cold to me so long
I'm crying icicles instead of tears
And all I can do is keep on telling you
I want you, I need you
But-there ain't no way I'm ever gonna love you
Now don't be sad
'Cause two out of three ain't bad
Now don't be sad
'Cause two out of three ain't bad
You'll never find your gold on a sandy beach
You'll never drill for oil on a city street
I know you're looking for a ruby in a mountain of rocks
But there ain't no Coup de Ville hiding at the bottom
of a Cracker Jack box
I can't lie, I can't tell you something I'm not
No matter how I try
I'll never be able to give you something
Something that I just haven't got
There's only one girl I'll ever love
And that was so many years ago
And though I know I'll never get her out of my heart
She never loved me back
Ooh I know
I remember how she left me on a stormy night
She kissed me and got out of our bed
And though I pleaded and I begged her not to walk out that door
She packed her bags and turned right away
And she kept on telling me
She kept on telling me
She kept on telling me
I want you, I need you
But there ain't no way I'm ever gonna love you
Now don't be sad
'Cause two out of three ain't bad
I want you, I need you
But there ain't no way I'm ever gonna love you
Now don't be sad
'Cause two out of three ain't bad
Baby we can talk all night
But that ain't getting us nowhere

meat loaf

meat loaf, pois é. mas porquê?!?

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estes astros... 

pois desculpa se criei falsas expectativas. dusculpa. mesmo. como te disse, não passo de uma aprendiz de feiticeira... e embora as pessoas pensem que estou a brincar quando o digo, é verdade. isto dos astros requer muto estudo. muito. alguma intuição, é certo, mas muito estudo também. e, como sabes, não tenhomuito tempopara isso...

a minha professora destas coisas diz que um mapa é muito azul não é necessariamente bom. o azul representa a fluidez, é a cor positiva, por oposição ao encarnado, que é a cor da tensão. mas o azul, tão bom, não traz consigo as armas que nos permitem enfrentar as situações difíceis. e assim, à mínima dificuldade... não se sabe dar a volta. não sei bem se foi esse o caso. nestas coisas, há sempre tanta coisa à mistura...

o vosso mapa era azul. lindo. acho que não terei a sorte de voltar a ver um mapa conjunto como o vosso. mas também, deopis disto, ainda bem. ainda metia outra vez o pé na poça e era uma grande maçada!
• relacionamento com ascendente balança... hum... para fora,pelo menos, eram o parzinho ideal. não podia ser melhor, com os dois a equilibrarem-se um ao outro. parecia-me fantástico, logo à partida.
• sol, lua, mercúrio, venus e marte na casa VII, a dos relacionamentos (a dois). em carneiro. tudo na VII? hummmm. com a energia toda de carneiro? energia activa, criadora, empreendedora, por vezes um pouco bruta, mas positiva? um e outro a estimularem-se? cada um a pôr o outro a andar por diante, a avançar, a crescer? gostei. viveriam num permanente efeito espelho. gostei. muito! tanto...
• neptuno na III: a profundidade da comunicação, embora por vezes sonhadora demais, com a confusão que daí advém. mas estava em sagitário... só podia ajudar.
• urano na I... alguma «libertinagem» individual, dentro da relação, o que não me parecia assim tão mal. mas o que é que eu sei, só sou uma aprendiz de feiticeira...
• júpiter na V, em aquário. é bom... algum exuberância criativa. filhos? bem, talvez tivesse um pouco de flirt a mais, fora de portas... mas o que é que eu sei?
• bem, o filho-da-mãe do saturno também aparece, mas isso é inevitável. vá lá, está na IX, em gémeos. não vou comentar porque ele me enerva. principalmente agora, para mim. e porque já não interessa, para ti, para vocês.
• por fim, o plutão na XII. esta era a má notícia. mas estava em balança. achei que amenizava a coisa. terá havido ciúme a mais, vindo de fora? inimigos secretos que sabotaram a coisa? talvez. nunca saberás. e as oposições aos amigos da VII também existiam, certo? pois é. se cahjar não tive muito em conta estes cenários. é que eu gosto dele, do nosso plutãozinho...

desculpa. pelos vistos, enganei-me. sabes, a minha professora diz que os mapas azuis não são necessariamente bons. pronto. este caso parece vir confirmar a regra. vocês tinham um mapa tão bonitinho que das duas uma: ou um dos dois não tem a hora de nascimento certa ou então era uma relação tão perfeita que se fartaram. eu, aprendiz de feiticeira, não sei. nem ouso dizer muito mais. só posso pedir desculpa pela expectativa criada. e pedir-te que penses positivo: ainda bem que não durou o tempo suficiente para tomarem mais ou outras decisões... a queda teria sido de muito mais alto.

de resto, se precisares de mim, sabes onde me encontrar.

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terça-feira, março 23

lisboa vs linha 

andava há uma data de dias para escrever este post, em resposta à gabi. escrevi, escrevi, escrevi... e quando já tinha escrito um interminável linguado, o computador... *#jh 8*%@ *''-li*... foi-se. e com ele... toda a minha prosa. não há direito. uma pessoa aqui, na tranquilidade da birmânia, e acontece-lhe isto? tá mal.

dizia que não gosto de fazer 15km para aqui chegar. e, principalmente em dias longos como este, muito menos gosto de voltar a fazer 15km para regressar a casa. mas gosto de poder optar pela marginal, logo pela manhã. gosto de seguir primeiro o rio, depois o mar. de abrir a janela e sentir a maresia a entrar-me pelos poros adentro. gosto daquela luz. e da música das ondas, quando elas se deixam ouvir. e de dançar com o carro, nas curvas daquela costa.

não gosto de pegar no carro para ir almoçar. daqui, bem que podia ir a pé a qualquer lado, mas não ia longe. assim sendo, aprendi a gostar de pegar no carro, de sair do descampado, de apanhar aquela estradeca terciária até à rotunda que não é redonda mas de onde já se vê o mar, lá longe. gosto de seguir até à rua principal, virar à direita, depois à esquerda e de novo à direita, de chegar à rotunda (esta sim, redonda) e de voltar a ver o mar. e de virar para onde me apetecer (de preferência à esquerda) até ele. gosto de voltar a sentir o cheiro. a humidade de certos dias. e o shhhh... shhhh. não preciso de ondas ou de espuma. a mim basta-me que não esteja vento. e, de preferência, que faça sol.

não gosto de ter de me enfiar num centro comercial, se precisar de fazer uma compra qualquer. lá nisso concordo contigo. preferia zarpar para o chiado. ou para outra lisboa qualquer. mas afinal, que raio! o chiado está a 15km! já lá fui mais de uma vez, pelas horas de almoço. não dá muito tempo, mas arranja-se. dá para ver o movimento, as lojas, as roupas, os acessórios. dá para olhar para os prédios de alto a baixo. gosto de olhar, de ver as obras feitas ou por fazer, ver aquela janela ou aqueloutra varanda. gosto de ver a roupa estendida que a modernidade baniu das ruas. gosto de me cruzar com gente bonita, bem cheirosa, bem vestida. sim, de facto, aqui, não podemos nada disso. mas dá para nos pormos lá num instantinho. quando quiseres companhia... podes sempre bater à porta do meu gabinete.

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boa mãe, má mãe... 

não vos menti. o cansaço está cá. pesado. acumulado. mas tens razão, gijé. é um pouco dos dois.

a B. passou seis meses seguidos sem dormir bem. e eu com ela. depois acalmou. e agora... recomeçou o regabofe. gosta de colo, a meio da noite. mas acho que prefere um lugarzinho na minha cama, lá para meio da madrugada. chora uma ou duas vezes. se não três. às vezes a maria acorda. outras, acorda à mesma, sem ser por causa daquela potência de voz que tem ao lado. e quer mimo. uma mãe tem de passar por isto? hum... não creio. uma mãe que passe por isto, noite após noite, semana após semana, mês após mês, deixa de ter forças. de ter disponibilidade mental. de ter resistência. uma mãe que passe por isto torna-se uma má mãe. a não ser que... a não ser que aconteçam certas coisas.

terça feira passada cheguei tarde a casa. estavam as duas deitadas na minha cama. peguei na maria e lá fiz a transferência. depois voltei. olhei para a B, sem lhe tocar. ela abriu um olho e depois o outro. fez nascer um enorme sorriso no meio das rosáceas e, na sua voz rouca, disse «mmmãe!». depois voltou a adormecer.

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one more for the road 

então não é que o joão pedro chamou por mim no glória fácil? foi dia 18, mas eu, ocupada que ando, só vi hoje. que ingratidão!

pois é, jp, os amigos são para as ocasiões. e por isso, hoje, que andas para aí numa guerra que não segui mas fui sabendo, tou contigo.

é o segundo link que fazem para o meu bigo. obrigada. já me sinto mais acompanhada.

PS: espero que tenham reparado... também eu fiz um link. o meu primeiro. para o glória fácil.

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ser do contra 

quando era miúda, antes mesmo de começar a minha precoce viagem pelo mundo, andei numa escolinha, muito progressista para altura, ali no poço dos negros. era tudo malta conhecida. não gente... malta. andei lá uns cinco anos, intercalados, entre uma e outra ida para uma américa central pós-revolução.

guardo poucos amigos desse tempo (porque lhes perdi o rasto), mas ainda tenho comigo boas recordações. lembro-me bem da sofia (de quem ainda fui sabendo, com pena), da cíntia (de quem soube há uns dez anos, no meio da rua), da joana, da inês (a esta não perderei o rasto), do xico (que é uma estrela), do ricardo (outra estrela), do tó... e do lourenço. haverá mais, mas da minha classe, só me restam estes. lembro-me do apelido de alguns. van unen, campos de sousa, magro, aibéu, mendes... de outros, com muita pena, não restam tantos vestígios. tenho pena de não me lembrar do nome que se segue ao do lourenço.

nessa altura, eramos todos da APU e do benfica. não havia nada a fazer. naquela idade, era tudo ou nada. hoje podemos continuar mais ou menos encarnados, mas temos com alguma certeza outras opções políticas. mas o lourenço não. o lourenço era o único que não embarcava nestes jogos, que não cedia a estes grupismos. na carrinha, sentava-se sempre sozinho. no recreio, não jogava à bola, nem com os pneus... não brincava com ninguém. e na sala de aula? nem me lembro! isto tudo porque, naquele tempo, era do CDS e do sporting. convicto, mesmo com os seus parcos quatro ou seis anos.

gosto de gente assim. que acredita. que não cede. que não se adapta. que prefere o caminho mais difícil, se tiver de ser preciso.

gostava de saber o que é feito dele...

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segunda-feira, março 22

david 

não, sara. o desencanto não é assim tão grande. eu sei que é difícil ver-se. mesmo tu, que me conheces há uma data de anos, terás dificuldade em enxergar. quando vem, esse desencanto, escondo-o. guardo-o bem guardadinho cá dentro de mim e faço os possíveis por não o mostrar a ninguém. finjo, represento. e acho que até tenho algum jeito para a coisa.

sabes como é que se sabe, qual é a chave? é um disco. quando as coisas estão más, beras, mesmo beras, chego a casa e meto o meu único disco do david silvyan a tocar bem alto. toca, toca e retoca, até ver a coisa passar.

gosto muito desse disco. tenho-o há uma data de anos. e só não compro outro, diferente daquele, de estimação, porque tenho medo que, se tiver mais, vou ter de ter razões para o ouvir. as mesmas razões. assim, só tenho um e só quero ter um. pelo menos dá-me a ilusão de controlar melhor a coisa...

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que honra! 

ai ai ai que estou tão honrada! quinta feira tive a honra e o privilégio de merecer o primeiro link para o beu bigo!!! não, não foi de nenhuma empresa de headhunters... foi muito mais importante do que isso! foi o amigo colaço que me quis dar este mimo. assim, sem mais nem menos, como fazem os amigos.
se quiserem ver está na http://a-animo.blogspot.com (prometo aprender a fazer links e postar fotografias. prometo. até lá, aguentem-se aos endereços escritos assim, à mão, e às descrições das fotografias. prometo também caprichar nesta matéria).

obrigada pelas boas vindas, amigo. espero estar à altura!

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pri-ma-ve-ra sim senhor! 

e agora até é oficial! foi ontem, dia 21, que começou. e bem que se pode abater sobre nós esta maldita ventania que eu não lhe ligo. e o frio até pode fazer ameaças que eu não cedo. a primavera chegou e mái nada!

tenho dez jarros junto do muro velho, ao fundo do jardim. e só há uns dias é que a ameixeira (ou ameixieira ou ameixoeira, conforme os prontuários) já não está branca. as flores ainda lá estão, algumas, mas em breve vão começar a transmutação... primeiro um botão, depois uma bola e por fim, uma bela duma ameixa. amarela. doce. as flores ainda lá estão, mas já não se justifica perguntarem-me se vim dum casamento — já não acordo com o carro pintalgado de um branco que se vai soltando à medida que avança pelas ruas de lisboa. é assim mesmo. ano após ano.

e lá fora, naquele espaço público que faz de hall ao meu cocoon, a alfarrobeira (será mesmo?) que protege as palavras trocadas da cabine (parecem-me sempre palavras de amor...) também está colorida. de lilás.

não vos mando as fotos dos jarros, da ameixeira ou da alfarrobeira porque o não sei fazer. não sei se passaram por lá ou se a sentiram ao longe, mas há dias, os companheiros secretos postaram uma imagem que era tal qual a minha ameixeira (não faço um link porque, again, ainda não aprendi — mas basta ir a http://companheirosecreto.blogspot.com). vão lá ver. quanto ao resto... basta imaginar. ou então, ir ao dicionário*.

* «you don't have to take a picture. you just have to look the word ‘handsome’ in the diccionary», parte de um diálogo no filme Big Fish.

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terça-feira, março 16

primavera-verão 

começou e não vale a pena ver regressar o frio ou a chuva, porque, para mim, começou hoje a primavera-verão.

acordei tarde. uma ida ao bairro alto, a «meio» da semana, dá cabo de mim. adoro, mas dá cabo de mim. levantei-me a correr. pus a música bem alta, para não adormecer. meti-me no duche e deixei correr a água. fshhhh... «não te estiques. só tens meia hora», como é costume. mais uns cinco ou dez minutos, quando lavo a cabeça. foi o caso. saí do duche, sequei-me a correr. vesti-me (hoje nem tive dúvidas...) e ataquei a casa de bvanho: dentes, lentes, creme, cabelo. primeiro e mais significativo sinal de primavera: hoje não sequei o cabelo. limitei-me a tirar-lhe a humidade. e só o fiz porque não me apeteceu sair de casa com aquele ar de caniche humilhado por um balde de água fria. ao fim de semana ainda pode ser, mas no princípio da semana, não, obrigada. ainda não.

antes de sair de casa, espreitei lá para fora e disse: «é hoje!» andava a pensar nisso há uns dias, mas nunca tinha sentido aquele... élan. fui ao armário, debrucei-me sobre a gaveta do fundo, remexi tentando não desarrumar muito e peguei num biquini (ou bikini, qu'a malta não é esquisita). meti-o num saco e guardei-o no carro. está no banco de trás. prometo usá-lo brevemente, numa qualquer hora de almoço à beira mar.

segundo sinal claro: virei costas à A5. meti-me pela marginal e... ahhhh. música alta... marginal (rádio), onde estás? marginaaal? procurei, procurei... porque é que não te encontro? e deixei. vim a ouvir outra coisa qualquer, com o vidro todo aberto. todinho. até cá abaixo. ahhhh...! chegou ou não chegou, a primavera?

depois, ao «pegar aqui no serviço», encontrei na gaveta de cima o número especial da caras dedicado à moda primavera-verão, 2004. não gosto do amarelo-laranja-rosa que se esvoaçam pela capa, mas, vá, dá uma certa graça a este dia e sempre fica alguma esperança sobre o conteúdo. moda de paris, londres e nova iorque... alguém, por esse mundo fora, se terá certamente lembrado de que há gente que não consegue viver sem preto. ou branco.

13h15. toca o telefone. «desces?». desci. «vamos apanhar sol? ver o mar?» pisgámo-nos para carcavelos. estavam umas ondas cadenciadas, não sei se boas ou más — já ouvi as duas versões — mas sem dúvida apinhadas de pranchas. não trabalho ao lado de casa, na city, mas posso gabar-me destes pequenos luxos. almoçar em carcavelos, eu sei, é só para alguns. hei-de ter feito qualquer coisa para merecer tudo isto... thank you.

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mudei-me 

pois é, a data não coincide. hoje é terça, 16 e aqui aparece quarta, 17. é, não é? pois é. e a hora também não tem nada a ver, eu sei: são 18h54 e aparece 12h54. eu explico. decidi dar uma volta por aí, pelo mundo. acho que me fartei deste portugalzinho. o pessoa dizia que se estava em portugal por missão ou por castigo. eu não consigo encontrar a resposta para o meu caso, mas acho que começo a perceber que já cá estou há tempo demais... por isso, fui aos settings e mudei-me para um sítio que estou mortinha por conhecer — birmânia, se me quiserem encontrar.

ah, e a propósito. estou tentada a tirar os comentários do meu bigo. deu-me tanto trabalho acertar com a coisa... mas o povo, que deve ser ainda mais info-excluído que eu, prefere comentar via mail. tá certo. mas então vou tirar os comentários, que fica mal ver tantos zeros juntos.

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não diga a ninguém 

«verde código verde, se faz favor». já era tarde e só lá estávamos nós. e só nos fomos embora porque percebemos que estavamos há tempo demais. «não se preocupem, fiquem à vontade. já cá dormi mais de uma vez...» estava tudo dito. com simpatia consegue-se sempre tudo. lá fui pagar com o cartão, que não tinha mais de 1€ na carteira. «verde código verde». enquanto marcava, ele olhou para o cartão, olhou para mim e voltou a olhar para o cartão. «é da família do outro senhor?», perguntou. «sou. não sei bem a quem se refere, mas posso imaginar. sou, sou.» ele baixou a voz. «no 25 de abril fui eu que o fiz passar a fronteira». não quis contar. até se arrependeu, quando insisti que me contasse tudo. vá lá... pelo menos uma parte. mais ninguém conseguia perceber o que se estava ali a passar. até eu, no meio de tanto mistério, comecei a duvidar se estaria a perceber bem o que o senhor me estava a dizer. comecei a fazer perguntas paralelas, a ver se lhe sacava alguma coisa (manhas do métier). «mas no 25 de abril tinha 18 anos...! não era muito novo para essas andanças?».

nessa altura, fazia lisboa-santiago (seria santiago?) em quatro dias, a pé. também, andava naquilo desde os 12. «mas fiz por ele como fiz por outros, antes do 25 de abril». fiquei muito mais aliviada. afinal, estava do lado dos bons. achas mesmo? eu não sei...


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yellow... 

pois como vêm... ainda aqui ando. não, não morri para a blogosfera. às vezes apetece, mas tenho tanta dificuldade em desistir*... já sei que a última coisa que escrevi foi dia 11. já mo lembraram mais do que uma vez, hoje. vivi... uma terrível falta de tempo. e de inspiração. e de vontade. mas tu, ó baixinha, tu bem que podias te ajudado, em vez de me andares a entupir o mail desde ontem. chata! a coisa do puto (qual é que era mesmo a notícia?), lembro-me, não ficava nada mal, por aqui.

*às vezes, o não desistir é mesmo a maneira mais difícil de se conseguirem as coisas. às vezes era muito mais fácil dizer «ok, desisto. vai-te catar. what a hell». outras, não desistir é apenas ceder ao instalado. «não desisto... vou deixar andar. hei-de ir dar a algum lado...» não gosto de desistir nem gosto de escolher o caminho mais fácil, mas às vezes dá jeito.

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quinta-feira, março 11

na cabeça... 

you don't know how you met me
you don't know why
you can't turn around
and say goodbye
all you know is when I'm with you
I make you free
I swim through your veins
like a fish in the see

I'm singing
follow me
and everything is allright
I'll be the one you ??? at night
and if you wanna leave
I can garantee
you won't find nobody else like me

não sei quem canta nem sequer sei a letra toda (vê-se pelos ??? e pelo resto que falta... sorry). sei que o objecto (I would say drugs) não é lá muito católico, mas também sei que pode ser adaptado ao que bem entendermos.

mas o melhor é que esta é, para mim, uma «música de domingo» — daquelas que, mesmo que lá fora esteja um frio de rachar, que chova a cântaros, que o mundo esteja prestes a desabar sobre a nossa cabeça... apetece sair da cama. esta é a minha mais recente «música de domingo».

e a letra não me sai da cabeça há uma data (alargadíssima) de meses. caramba!

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espanha 

pois é, escrevi um post sobre os atentados, depois apaguei-o e quando o quis recuperar... já não consegui. dizia que é muito mau ter havido estes atentados. e digo agora que me incomoda imenso o facto de aquelas vidas todas se reduzirem a números e não a nomes, idades, profissões, gente com pai e mãe, filhos e, certamente, uma data de amigos. o terrorismo é muito muito mau. mas também é muito mau ainda não terem sido reivindicados, os atentados. parece que não é o método de actuar da ETA... daqui a nada temos a al qaeda à perna. daqui a nada, também, temos cá o rock in rio (eu vou!) e o EURO 2004.

no início do ano, comecei um texto assim:

«Mais do que a versão lisboeta do Rock in Rio e muito mais que uma qualquer Gimnoestrada, o Euro 2004 tem tudo para aliciar um terrorista: tem visibilidade mediática, grandes concentrações de pessoas e o cosmopolitanismo da velha Europa, ou seja, os três factores que potenciam, logo à partida, a realização de um acto terrorista. Há mais um, que é o das falhas na segurança, mas este tem sido sobejamente posto de parte pelo Governo, farto de assegurar que está tudo previsto, coordenado, informado, equipado e testado.» explicava mais à frente que estas ideias luminosas (que podia ser, mas não eram minhas) eram do general loureiro dos santos, que sabe disto à brava.

pois eu digo que, na tabela do fundamentalismo islâmico, portugal estará exactamente no mesmo patamar de inimizade que a vizinha espanha.

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mais espanha 

bem, não é por nada, mas já repararam que hoje é dia 11? sim, 11 de março... seis meses depois dum (e não o) 11 de setembro. esperemos que seja mera coincidência.

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discriminação 

são dados do INE sobre a paridade e coisas do género, que vi (again) na VISÃO. cada vez mais mulheres no mercado de trabalho. casamento e procriação adiados. maior investimento na carreira profissional. bla bla bla. o costume. e mais do costume: o ordenado médio dos homens é de 687 euros, enquanto o das mulheres é de 577. porreiro.

para mais informações, veja www.INE.pt.

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coméké?!?!? 

não inventei: vem hoje na VISÃO. «[A importância do clitoris] é algo subjectiva. Tem uma função essencial no prazer sexual mas, para além disso, a sua mutilação não afecta nenhuma função vital [nomeadamente] a função reprodutiva.» juro que não inventei nem sequer romanceei. Está entre aspas, justamente por serem palavras do sr. deputado Miguel Paiva, do CDS-PP.
porreiro. então venha cá sr. deputado. Não vou falar desse bigode, porque gostos não se discutem. mas do nariz... é que tirando a parte estética (ou inestética), não serve para nada. venha cá... e que tal cortar um dedinho, a mão ou até mesmo um braço? de qualquer maneira, não afectam nenhuma função vital...!

com deputados destes na maioria parlamentar, daqui a dias ainda aprovam uma coisa qualquer a dizer que pessoas com narizes maiores que o dr. Portas têm de ir à faca. eu, confesso, neste capítulo, até agradecia...

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terça-feira, março 9

a inveja faz mal 

estava aqui a folhear o segundo volume do senhor professor doutor aníbal quando de repente...

- xiii... que inveja. já estive no cairo, mas gostava tanto de ir a jerusalém... e à china, e a são tomé ou ao príncipe... já estive em cabo verde, em bruxelas, no brasil e no canadá, mas não fui a marrocos ou ao japão. já estive em moçambique e em bissau, mas falhou-me angola... nem nunca jantei na sala dos espelhos, em versailles.

eu sei que a inveja faz mal à saúde, mas não tenho de me preocupar muito. quando vi que o senhor professor doutor tinha estado, por mais de uma vez, com o bush pai, que tinha passado por estopadas das grandes a assinar tratados, em reuniões intermináveis, a pousar para o passarinho e a receber gente e mais gente e mais gente e mais e mais... achei que se calhar invejava mais o soares. o pai. eu não vivia por cá, mas parece que viajou muito mais.

mas voltei a descansar. já fui a uma data de sítios e conto ir a muitos mais. só não vou ganhar milhões a publicar as fotos. e aí, quem sabe...?

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segunda-feira, março 8

gelo invisível 

aparece às vezes, geralmente quando reencontro velhos amigos. acontece-me, por exemplo, com a rita. ela vive lá longe (sempre longe demais) e somos as mesmas amigas de sempre. sonho como seria bom te-la aqui, hoje, ontem ou amanhã. como gostaria de ouvir aquela voz rouca. aquele mexer no cabelo mais forte que jamais vi e de o fazer voar de um lado para o outro. sonho com aquela pose — profundamente corcunda, o cotovelo apoiado na mesa e a mão a segurar testa — a perguntar «o que é que eu faço?». nunca vale a pena perder muito tempo com a questão, porque a vida dela dá sempre tantas voltas que há-de fazer o contrário. ou outra coisa qualquer.

sonho sempre com as nossas conversas a entrarem madrugada dentro. o recuperar da adolescência. as lembranças de outros ventos, outras pessoas. as angústias de então, as alegrias tão simples, as preocupações. as paixões... tanta, tanta paixão! sonho com as suas provocações e o «oh inês!» que se segue invariavelmente, com um dedo a atiçar-me a cintura. às vezes penso nela e gostava que estivesse aqui. da voz quente. do colo. do ombro. do riso quase sempre tapado pela mão. sim, às vezes chamo-a em silêncio. mas depois, quando vem... cria-se, por uns tempos (uma hora?), uma espécie de gelo invisível. sonhei tanto que... estaco. estará igual? esterei igual, eu? continuaremos juntas, neste mundo? seremos as mesma amigas de sempre? falaremos a mesma língua, além dos seus recorrentes estrangeirismos? a mesma linguagem? os mesmos interesses? o coração bate sempre, antes de a ver. e continua a bater, depois. mas no durante... é sempre uma surpresa.

este gelo existe — creio — sempre que se criam expectativas. quando sonhamos com alguém, ou uma coisa, quando a idealizamos, quando recordamos... quando queremos que seja tudo perfeito. às vezes chegamos e ficamos simplesmente à espera... a ver como correm as coisas. talvez seja esta espera, reactiva, que estraga tudo. ou talvez não...

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sexta-feira, março 5

nhec 

ontem não, mas hoje sim, estou nhec.

ontem não porque estava um dia... fffff... do caraças!!! um sol daqueles dá cabo de qualquer nhequice, sabes? mas hoje não. por aí não sei, mas neste fim do mundo onde trabalho, se o céu continuar a descer esborracha-me mortalmente contra o chão. está nevoeiro cerrado. vai ser complicado chegar a casa.

ontem não. ontem, aquele sol secou todas as amarguras. e deu-me mais uns meses de vida.

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quarta-feira, março 3

é isto que me lixa 

entrou no banco de manga curta. o dia está cheio de sol, é certo, mas um frio destes merece que se tape a maior parte da pele... bem, o homem pode ser daqueles encalorados. pode até trabalhar numa padaria, bem dentro ao forno. mas com um frio destes...

«bom dia!» gritou bem alto.
«bom dia, eduardo.» com aquela manga curta, não deve ser bom, mas ao menos era conhecido daquela gente. pus logo de lado a ideia do atentado. he he, como se isso me passasse pela cabeça.

«então, 'tá bom?», perguntou ao senhor que estava ali à minha frente.
«podia estar melhor...»

fogo! é isto que me irrrrrrrrrrrita! apeteceu-me logo saltar para dentro do balcão, agarrá-lo pelo gasganete, dar-lhe uma bela duma sova, pô-lo de rastos e, no fim disso tudo, perguntar: «então e agora, já está melhor?»

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terça-feira, março 2

ala... 

e agora eu. ala que se faz tarde. ainda tenho 15 quilómertos pela frente. isto de trabalhar no fim do mundo tem destas coisas...

o pôr do sol é muito mais bonito aqui. mas a noite, essa, é muito mais longe.

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é igual!!! 

quel é a diferença entre roubar o parafuso de uma nave que aterrou na lua e o dedo de um santo? friamente, para mim... é igual. é roubar. ponto final e não chateies mais o ceguinho.

podes ter — no mínimo! — vontade de vomitar ao pensar na forma como se robou o dedo. podes perguntar-te como é que ela o conseguiu ter tanto tempo na boca ou como é que ninguém notou que ela o tinha na boca (se calhar a boca dela era grande...). podes questionar-te sobre a aparência daquela mão centenária que, numa dentada rápida, ficou sem um dedo. até podes não te lembrar (se te lembrares diz-me) qual é o dedo. podes tudo e contra todos. só não me podes melgar que eu não te aturo.

já sei. afinal não foi nenhuma louca da minha família. foi uma senhora (bem beata) que foi a goa e, num profundo acto de devoção... tunga! mordeu o dedo ao S. francisco xavier. é verdade que o dedo se passeou lá por casa, na rua das mercês, sempre que alguém ficava doente. mas não era propriedade nossa.

a senhora saiu da igreja com o dedo na boca e, sabe-se lá como, trouxe-o para a madeira. fez um relicário. mas antes de morrer, roída pela remorso — não roubarás... não é um dos dez mandamentos? — e com medo do juízo final... terá deixado em testamento que queria devolver o dedo à providência. e lá foi aquele bocado de carne para o vaticano. agora pergunto eu: e porquê ao vaticano?!? devia era te-lo deixado à igreja de goa, ou à mão do homem, de onde o tirou... devia ou não?

há uns anos, a minha avó foi ao vaticano e lá conseguiu que lhe mostrassem o dedo. está no museu. e agora? o que dizes? o melhor é meteres-te no avião e ir entregar o parafuso à NASA! ala que se faz tarde!

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acabei 

pronto, o fim de semana foi loooongo, muito looongo, mas por esta semana, acabei. continuo a impôr-me a regra de não escrever sobre política. às vezes custa. muito. e se estou prestes a aflorar o tema, prometo não resvalar. e falar, apenas, do mundo paralelo.
o JPH, no Glória Fácil, diz que o marcelo apostou certo — o sousa franco é o cabeça de lista do PS. pois... nós também acertámos. o PS — viste? — vai mesmo concorrer às europeias. os outros ainda não sei, mas o PS — acho que li nalgum jornal — já está na calha.

esperam-se novidades. de preferência na lista. mas não muitas, senão sou despedida!

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segunda-feira, março 1

meio caminho andado 

sean penn. é ele o culpado. foi ele quem esteve no início disto tudo. e foi ele, de novo, quem esteve no princípio do fim da minha zanga — das sérias! — com os oscares. acho que ainda não me reconciliei totalmente com os senhores de hollywood, mas a noite de ontem foi certamente meio caminho andado.

há uns anos, o soldado ryan dava cabo da barreira invisível. achei inadmissível. intolerável! não, assim não... eu, que tantas vezes passara noites em claro a ver para onde pendiam os gostos... desistia. o tom hanks e a sua meninagem toda não podiam passar à frente do malick, do sean penn, do nick nolte (ou do george clooney — lindo — ou do adrien brody — que por quatro dias não nasceu no mesmo dia do que eu). deixei de correr os filmes todos candidatos a oscares. deixei de passar noites em claro.

já se sabe que não gosto de desistir. nem sequer da porcaria dos oscares. seis anos depois... fico contente por voltar a ver alguma luz ao fundo do túnel.

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