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sexta-feira, julho 30

felicidade 

a susana soube esperar. o resultado da sua paciência budista vejo-o nos seus olhos, a cada instante...

PS: continuo de férias. qualquer semelhança com um regresso é pura coincidência.

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sexta-feira, julho 23

até ao meu regresso 

já fiz as malas. amanhã tenho um casamento. domingo vou aos 92 anos da minha avó e... depois... só volto... volto? sim, devo voltar... lá para meio de agosto!!!

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fly 


queria...

...tanto...

...ir ver...

...o bill t. jones

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...um santo...? 


YOU MUST BE KIDING*!!!

*alguém reparou na cauda encarnada, enrolada debaixo da mesa?

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cada um tem o que merece 

- maria, a kira morreu...
- ...e foi para o céu?
- foi. deve lá estar a brincar com os anjinhos, a saltar nas núvens e a correr atrás das estrelas. deve estar muito divertida!
- está bem.

cada um tem o que merece. eu tenho muito mais do que isso.

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quinta-feira, julho 22

partida... 

a fátima e o pedro andam a falar das mesmas coisas - coisas importantes, que não se esgotam em dois minutos de conversas porque há sempre mais a dizer. se os conhecesse aos dois, juntava-os numa tertúlia sobre o «regresso».

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quarta-feira, julho 21

matemática 

o senhor primeiro ministro, santana lopes, disse que no seu governo, haveria mais ministros, mas menos secretários de Estado. acabei de fazer as contas:

havia 17 ministros e agora são 19
havia 36 secretários de Estado e agora são 38

ai que vergonha... alguém lhe pode dizer, discretamente, que se enganou a fazer as contas?

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kira 


nunca me tinha passado pela cabeça um pensamento do tipo «a morte da kira será provavelmente o primeiro contacto que as minhas filhas terão com a morte» ou «o que é que eu vou dizer às minhas filhas, quando a kira morrer?»

pois a kira morreu e eu ainda não lhes disse nada. esperava-se que acontecesse a todo o momento. afinal, já tinha ressuscitado de dois AVC's e os seus 14 anos já não mostravam forças suficientes para resistir uma terceira afronta.
a kira morreu e eu ainda não disse nada às miúdas. elas ainda não notaram, mas vão notar. prefiro antecipar-me às perguntas difíceis, mas não sei bem o que lhe diga.

vou dizer a verdade, que morreu, e esperar que não perguntem para onde foi...


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tratado científico 

numa peça que vi há uns meses, no trindade («esse espermatozoide é meu»), a minha querida mafalda vilhena dizia que «o amor não existe em ciência porque não pode ser visto ao microscópio».

nessa altura, eu estava em plena discussão sobre isso mesmo...
- se fosse cientista acho que gostava de dedicar algum tempo a descobrir a ligação entre esse estado de felicidade que nos invade quando se põem dias de sol. mas antes disso, confesso, queria descobrir qual o elemento (químico? biológico?) que traz em nós o amor. pergunto-me imensas vezes onde é que ele entra, no nosso ADN...
- o amor, parece-me, deve ser metafísico, responderam-me.

não sei... continuo sem saber. há aí alguém que saiba destas coisas, que me permita adiar, por mais uns tempos, a leitura do «Do Amor» do stendhal?

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segunda-feira, julho 19

friends 



«a distância ou a falta de contacto» só não nos separa se formos mesmo muito muito amigos. e mesmo assim, nem sempre se consegue...

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sexta-feira, julho 16

herberto pra ti também 

deste bigo pró glória fácil
 
ouve lá, oh "companheiro, amigo e palhaço deste circo que é a vida", juntando o teu post "herberto" ao que me tens dito ao longo destes últimos meses*, parece que estamos de relações cortadas. e aquela cervejinha de ontem, com o sérgio, a maria e os outros todos que foram à "festa do rato", era o quê, um convite para fumarmos o cachimbo da paz ou o lançar do machado de guerra? estamos mal, amigo JP, estamos muito mal...
 
*digam-me: alguém acha que este blog tem alguma coisa (por mais pequenina que seja) de herberto helder?!?


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quinta-feira, julho 15

estou 

desculpem a ausência. mas é que tenho estado... assim:

acho que este reboliço todo me anestesiou. não quero pensar mais nisso, muito menos falar sobre isso. agora vai ser tempo de recuperar.

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segunda-feira, julho 12

1973  

Breve consideração à margem do ano assassino de 1973

Que ano mais sem critério
esse de 73
Levou para o cemitério
três Pablos de uma só vez

Três Pablões, não três pablinhos
No tempo como no espaço
Pablos de muitos caminhos:
Neruda, Casals, Picasso.

Três Pablos que se empenharam
contra o fascismo espanhol
Três Pablos que muito amaram
Três Pablos cheios de Sol.

Um trio de imensos Pablos
em gênio e demonstração
Feita de engenho, trabalho
Pincel, arco e escrita à mão.

Três publicíssimos Pablos:
Picasso, Casals, Neruda
Três Pablos de muita agenda
Três Pablos de muita ajuda.
Três líderes cuja morte
o mundo inteiro sentiu

Oh ano triste e sem sorte
Vá prá puta que o pariu

Vinícius de Moraes
[Gravado ao vivo em São Paulo, 1974, com Toquinho e Quarteto em Cy]


a inês respondeu ao meu post sobre neruda com um vinícius de morais. a inês, confessou-mo ela, foi roubá-lo ao ivan. espero que ele não se importe de o ver reproduzido aqui no meu bigo. aposto que não se importará. afinal, vinicius é de todos, mas muito mais nosso (do ivan, da inês e meu), que nascemos nesse «ano triste e sem sorte» que foi 1973.

PS: era casals, o terceiro pablo. era casals...

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nas bocas do mundo 

eu não levanto o rabo para ir buscar o 24 Horas, mas quando me passa debaixo dos olhos ou mo vêm mostrar... não viro a cabeça.
a capa de hoje é especialmente picante. "jornal inglês ataca honra de durão", seguido de "os britânicos escrevem sobre um suposto triângulo amoroso. sem factos. é um insulto a portugal!"
pois é. o sunday times de ontem conta tudo (e o 24 horas também) sobre o triângulo amoroso entre josé barroso, margarida sousa uva e santana lopes sob o título de "'intimate' twist to portugal". valha-nos a imprensa inglesa!

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domingo, julho 11

parabéns, neruda! 



"Por mi parte, soy o creo ser duro de nariz,
mínimo de ojos, escaso de pelos en la cabeza,
creciente de abdomen, largo de piernas,
ancho de suelas, amarillo de tez, generoso
de amores, imposible de cálculos, confuso
de palabras, tierno de manos, lento de andar,
inoxidable de corazón, aficionado a las
estrellas, mareas, maremotos, administrador de
escarabajos, caminante de arenas, torpe de
instituciones, chileno a perpetuidad, amigo
de mis amigos, mudo de enemigos,
entrometido entre pájaros, mal educado en
casa, tímido en los salones, arrepentido sin
objeto, horrendo administrador, navegante
de boca, y yerbatero de la tinta, discreto entre
los animales, afortunado de nubarrones,
investigador en mercados, oscuro en las
bibliotecas, melancólico en las cordilleras,
incansable en los bosques, lentisimo de
contestaciones, ocurrente años después,
vulgar durante todo el año, resplandeciente
con mi cuaderno, monumental de apetito,
tigre para dormir, sosegado en la alegría,
inspector del cielo nocturno, trabajador
invisible, desordenado, persistente, valiente
por necesidad, cobarde sin pecado,
soñoliento de vocación, amable de mujeres,
activo por padecimiento, poeta por maldición
y tonto de capirote."

"Auto-retrato" de


E...

"No se sorprenda nadie porque quiero
entregar a los hombres
los dones de la tierra,
porque aprendí luchando
que es mi deber terrestre
propagar la alegría.
Y cumplo mi destino con mi canto."

excerto da "Oda a la Alegria"

Pablo Neruda, o nobel chileno da literatura, faria hoje cem anos. Morreu em 1973, no mesmo ano em que morreu Pablo Picasso e outro Pablo que não me vem agora à memória. Morreu em 1973... no ano em que eu nasci.

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uma boa notícia 

nem tudo está perdido. eu, pelo menos, encontro alguma satisfação por ter um sítio onde ir esplanar à vontade!

já agora, era um café e meia torrada, sff.

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sábado, julho 10

maldito bicho! 

é inevitável. 'tou aqui que nem posso. andam aí às centenas e eu... a vê-las passar.



o meu tio joão foi para londres, em 1963, estudar engenharia. voltaria uns anos mais tarde com um curso de cinema, mas essa já é outra conversa. foi para londres em 63 e, com a sua partida, deixou ao meu pai um quarto só para ele, o estatuto de filho (varão) mais velho e, por fim, uma motoreta. piaggio. vespa.

o meu pai só a foi desempoeirar em 1965, depois de, em janeiro, ter tirado a carta. era um bicho de 1958, com 150cc, cinzento metalizado. tinha o farol no volate e dois bancos, cada um amparado pelas suas molas. o pneu sobresselente, esse, estava «guardado» à frente dos joelhos. era com ela que o meu pai ia para a faculdade, que dela se desviava para ir ao cinema ou que seguia para a praia... foi com ela, lembra-se ele, que foi duas vezes a sesimbra - uma delas com o tó p., que me veio contar o stress que foi atravessar a ponte, debaixo de uma chuva danada, como pendura de um miope... sem óculos! também foi debaixo de chuva que, com uma canadiana verde por cima do smoking, guiou até ao casino estoril, sozinho, para assistir ao concerto da françoise hardy. teve «uma queda ou outra», mas terei de me esforçar mais para o pôr a contar os pormenores. ofereceu-a a um afilhado engenhocas no início dos anos 70, mesmo antes de casar com a minha mãe.

sempre que vejo uma vespa cinzenta, metalizada, salta-me o coração. a primeira coisa que faço é tentar ver quantos bancos tem. já há poucas com dois assentos, muitas menos com molas... olho, com o coração aos pulos, sempre na esperança de reencontrar a velha LN-38-83. depois lá caio em mim. «'tás parva?!? ouve, mentaliza-te de uma vez por todas: a vespa foi desmontada para fazer aquele carro-com-vela-de-windsurf de andar na areia! a vespa... já era!»

já era, mas cá ficou um ferrão. eu sei que nem era nascida, quando ela foi transformada. eu sei disso tudo, mas fiquei com essa atravessada. deve ser por causa das «histórias de quando eras pequenino», que ouvia antes de adormecer...

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quarta-feira, julho 7

...que é o conselho de Estado 

pronto, já se sabe, mas continua a ser uma boa notícia. a convocação do conselho de Estado não tem significado nenhum e o que de lá sair não terá nada de vinculativo. na verdade, esta reunião não quer dizer nada, a não ser que sampaio ainda não se decidiu. isto, para mim, não é surpresa, mas já é uma boa notícia. e deita definitivamente por terra aquela ideia de que está tudo tratado, tipo vou-me-embora-toma-lá-a-chave-de-casa-e-porta-te-bem. ou, numa versão para menores de 12, bora lá brincar aos governos, agora saio eu, agora entras tu, não brinco mais, agora sou eu o chefe...

cá entre nós: o presidente não pode convocar eleições antecipadas sem reunir o conselho de Estado... vamos mas é fazer figas para que o contrário se torne verdade.

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terça-feira, julho 6

tenho uma boa notícia... 


...mas só a vou revelar daqui a uns dias, para não dar azar...

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aramemo-nos outra vez... 

ai amigo, só agora, depois de ver o teu post, é que me dei conta... fizeste um ano no arame! calha bem, a data. nesse mesmo dia 25, mas um ano antes, a minha filha B. dava o grito do ipiranga e libertava-se de mim, atirando-se cá para fora, para o mundo.

andei distraída... mas, mesmo tarde, não queria deixar de mandar um beijo de parabéns.

perdoas-me? voltamos a ser assim...
...amigos?


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segunda-feira, julho 5

até logo 

passei três dias a tentar escrever este post. escrevia e apagava. voltava a escrever e voltava a apagar. e acabava por desligar o computador. mas logo o acendia para escrever de novo e de novo apagar. até que desisti. não me despeço da sophia, pensei. a sophia não precisa, porque pode até ser cliché, mas ela estará sempre ali, na estante, à minha espera. e também mais além, aguardando as noites de varicela e todas as outras noites e dias e todos os tempos vindouros cheios de horas para recordar.


Aqui livre sou eu - eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos
Aqui sou eu em tudo quanto amei.

Não pelo meu ser que só atravessei,
Não pelo meu rumor que só perdi,
Não pelos incertos actos que vivi,

Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.

Sophia de Mello Breyner


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sábado, julho 3

Para ser grande... 

..sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê tudo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.

(Ricardo Reis)


A Praia faz hoje um ano. Descobri-a muito mais tarde e foi nesse 'mais tarde' que voltei a saber de ti. Falamo-nos pouco, mas através do blog, lá vou sabendo como te portas e como nos pensas a todos.

PARABÉNS, amigo franzino*!

*desculpa, mas é que, por mais que te esforces em dizer o contrário, é essa a imagem que guardo de ti. dos tempos da adolescência, sim, mas também da última vez que te vi, há uns anos, no alentejo, em companhia da madalena.
bjs, amigo. e continua assim: grande, inteiro, a caminho.

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sexta-feira, julho 2

ânimo! 

festejámos os 25 de papel e agora festejamos o primeiro desta coisa chamada rede. venham mais, muitos mais. porque o que se quer é uma vida feita de festa... e, claro, de muito muito ânimo! hoje está de parabéns o meu amigo antónio, o animador de serviço que torna os nossos dias mais leves.

toma lá, amigo:

um cajado para te aguentares, quando o cansaço chegar. mas sobretudo, não pares!

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brando? não muito... 


marlon brando (1924 - 2004)

don corleone deixou de ter poder sobre a vida e a morte... desejo-lhe que, pelo caminho para onde quer que vá, paul tenha reencontrado jeanne e que, com ela, tenha podido dançar um último tango em paris.

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quinta-feira, julho 1

acabou de chegar dos arrozais... 

para quem não viu, há uns dias eu era assim:

Pensive Gaze, de Miriam Briks

obrigada pela imagem, lebre amiga. assim, como dizes, ninguém me vai poder acusar de pirataria*.

*a notificação é, de facto, «medonha». mas, se querem mesmo saber, confesso: gostei de a receber. é que blogger sem notificação de pirataria é como jornalista sem processo judicial: haverá sempre uma espécie de sentimento de vazio - desde que tenha razão, claro!

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durão, o pai desertor... 

(...) o desconsolo que me dá ver a facilidade com que se abandona um país à sua sorte. O descaramento com que se privilegia a carreira pessoal e se marimba para os compromissos assumidos. Devia ser proibido. É como o pai de família que sai de casa porque vislumbrou a possibilidade de agarrar aquela modelo lindíssima, ou herdeira rica, ou whatever que reluza mais que a mulher e os filhos. Se a mulher e os filhos não fossem Portugal, eu até apoiaria o abandono da família porque (i) caso contrário ficaria sempre a pensar no what might have been e a mulher e os filhos tinham que aturar os ressentimentos; (ii) nem tudo o que reluz é ouro, e o coice não tardaria (não tardará, de resto).
E lata, continuando nesta comparação, a lata de ser o pai-desertor a escolher o futuro marido da mulher/novo pai dos filhos, sem os deixar ter voto na matéria(...)

acho que a comparação da inês (recebida por mail) é muito feliz.

PS: oh inês, tanto quanto creio saber, quando um pai abandona a família, é obrigado a pagar-lhe uma pensão. o que é que a justiça poderia fazer por nós, portugueses, agora que o durão se põe a andar? diz-me de tua justiça...

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já estamos na final! 

(banner pirateado do barnabé)

o povo está contente e isso é bom. não tem a vida resolvida, mas vive contente. continua com as dívidas, com o dinheiro que não chega, a iliteracia, a toxicodependência, a corrupção, a falta de civismo, continua a cuspir para o chão e a buzinar a toda a hora, continua no top dos acidentes rodoviários, com a negligência médica, com professores sempre a prazo e programas escolares a mudarem ao sabor da cor política. enfim portugal, continua igual a si mesmo... mas ao menos está contente!
o euro 2004 acaba no domingo. e a partir daí sim, as pessoas vão voltar à neura colectiva. vão perceber o que se passou, o que se está a passar e o que os espera (espero que, ao menos, sejam bons os ventos que soprarem de belém!). até lá, deixem lá a malta... na ilusão de uma certa felicidade. ao menos isso!

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