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terça-feira, fevereiro 27

teste 

dizem que tenho um «excelente vocabulário». e tu?
daqui

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segunda-feira, fevereiro 26

my oscar goes to babel 


brueghel, o velho

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sexta-feira, fevereiro 23

cabo verde 


cacho bode.
em cabo verde, quem ouve cacho bode não estará em bons lençóis. não tem a ver com comida nem tão pouco com zoofilia. consta que a expressão foi trazida para o arquipélago pelos repatriados dos estados unidos. cacho bode. de «cash or body».

post publicado com muitos dias de atraso.

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sexta-feira, fevereiro 16

são tomé 



a chuva vem calma. pinga. pede licença. pinga. volta a pingar. pingas grossas, generosas. pinga. refresca. sempre a pingar.
olho para o lado. lá longe, na marginal... lá vem ela. a passo. firme e convicto, leve leve... leve leve... devagar devagarinho. devagar, com cuidado, que a chuva aproxima-se. uma cortina de água. pinga. 20 metros. 15. 10. 5... e de repente, o dilúvio.

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sexta-feira, fevereiro 9

SIM [X] 


nunca fiz nem nunca pensei fazer um aborto. sou contra o aborto. sou a favor da vida. é por isso que vou votar sim.
para acabar com o flagelo, para acabar com a humilhação. para acabar com a dor num corpo dorido, com o peso numa mente ferida.
para se poder, finalmente, ajudar quem precisa.

estou em sevilha. daqui a umas horas vou atravessar aquilo a que os espanhóis chamam "a fronteira da vergonha". espero que, no domingo, deixe de o ser.

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SIM (IX) 

il n'y a pas de bonheur sans dignité et aucun reve n'est possible sans liberté.

l'attentat, de yasmina khadra.

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SIM (VIII) 

ou da incoerência do NÃO

Outra incoerência para mim: pelo que sei, em Portugal autoriza-se a pilula do dia seguinte. Portanto, tirando a moral da igreja ou uma ideia abstracta, quando é que o não considera que começa realmente a vida humana?

(das conversas com p.)


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quarta-feira, fevereiro 7

SIM (VII) 

porque não aceito que no meu país se possa deixar morrer assim.

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terça-feira, fevereiro 6

país real 

aos 50 anos, achou que já era altura de fazer uma viagem. pegou na mulher e foram os dois a paris. voltou estupefacto por lá ter encontrado tantas crianças, tão novinhas, a falarem tão bem francês.

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segunda-feira, fevereiro 5

SIM (VI) 

ou da incoerência do NÃO

p. não percebe. dizia-me, há dias:

o meu sobrinho diz-me que nenhuma mulher é condenada por aborto; e que muitas mulheres são levadas de urgência para o hospital, onde são tratadas e de onde saem sem consequência penal. se é verdade, porque é que essa lei existe? há aí incoerência...

a incoerência é evidente, até a 2500 km daqui. expliquei-lhe que não é verdade que nenhuma mulher seja condenada. a pena de prisão é que tem sido hipocritamente suspensa. ou substituída por multa. mas condenações há muitas. morais. sociais. com marcas que não se vêem. porque são psicológicas. porque estão lá dentro. ficam as marcas para quem as sentir. para quem as quiser ver. ou para quem se der ao trabalho de ir consultar o cadastro.

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sexta-feira, fevereiro 2

SIM (V) 

porque tomar a decisão já deve custar o suficiente
há mais valia em julgar e penalizar?

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evolução (com ou sem "r") 

- mãe, quem era o salazar? perguntava a maria.
- sim mãe, conte a história que a avó contou... reforçou a B, com vivacidade.

eu não sabia o que é que a avó tinha contado, mas sei que a nossa visão sobre a matéria anda no mesmo sentido. e lá comecei a contar que havia um senhor muito mau, que não deixava que as pessoas pensassem de maneira diferente. toda a gente tinha de pensar como ele mandava e deviam fazer o que ele mandava. e quem não pensasse ou não fizesse o que ele mandasse, ia para a prisão.

- por exemplo, se houvesse meninas que gostassem da floribela-pirosa e ele não gostasse... ai das meninas. não podiam ver. e se vissem, às escondidas, ele descobria e as meninas iam para a prisão! um dia, uns senhores fartaram-se. o salazar andava a mandá-los para a guerra e eles já não queriam ir mais. fartaram-se e foram ter com o salazar e com os seus amigos e disseram-lhes: ó salazar, vai mandar para outro lado! esse dia foi o 25 de abril.
- como a ponte?
- sim, a ponte, que se chamava salazar, passou a chamar-se ponte 25 de abril, até nascer uma menina chamada maria que gostava muito de ir a gâmbia ver os mémés e a ponte passou a chamar-se ponte dos mémés.

de uma coisa fico contente: hoje é possível ter discussões livres, posições diferentes, sobre todo o tipo de temas. até sobre o aborto...! se assim não fosse, ou a mãe ou o pai ia preso.

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quinta-feira, fevereiro 1

SIM (IV) 

porque para mim as mulheres são responsáveis.

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optimismo 

no domingo acordámos e estava um verdadeiro dia de cão. muito frio, muita chuva, muito vento. a minha filha do meio, a B, foi à janela grande da sala, olhou para fora com um certo fascínio e disse:

- mãe, hoje vai haver um arco-riris. se calhar...!

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