um bigo meu

pronto. é público e notório: o J pôs-se subitamente a embirrar comigo ;) e marcou-me mais uma carga de trabalhos...

1. Qual o último filme que viste no cinema?
Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith

2. Qual a tua sessão preferida?
a sessão das nove da noite, seguida de jantar.
mas também gosto muito de ir a meio da tarde... sozinha.

3. Qual o primeiro filme que te fascinou?
não sei bem... recuando no tempo, não consigo ir além do bitter moon, do polanski.


4. Para que filme gostarias de ser transportado?
para o fabuloso mundo de amélie poulain?
para o big fish, do tim burton?
para um limbo no the thin red line?

...somewhere in between, juntando-lhe um cenário de praia pelo meio?

5. E, já agora, qual a personagem de filme terias gostado de conhecer um dia?
almásy (ralph fienes), em The English Pacient

wladyslaw szpilman (adrien brody), em The Pianist

o eterno orlando (tilda swinton), em Orlando

6. Que actor(actriz)/produtor(a)/realizador(a)/argumentista gostarias de convidar para jantar?
sean penn para um copo antes do jantar. agnès jaoui para uma boa conversa, à mesa. clint eastwood, durante a sobremesa. christian clavier (pela comédia) e stephen king (pelo suspense e terror) podiam juntar-se para entrarmos todos pela noite dentro. à saída, ainda gostava de me cruzar com sean connery, george clooney e brad pitt, para ver se eles são tão giros como parecem.
tudo isto, ao som das teclas de wladyslaw szpilman (durante o jantar) e do kusturica (durante o serão).

7. A quem vais passar o testemunho?
à sam, porque tem sido uma verdadeira papa-filmes... (e façam figas para que não me processo por distúrbio à vida pessoal, abuso de confiança ou outra coisa do género)
à K., que vê todos os filmes bons que não passam por cá, e mais alguns.
e ao martim, para o pôr a falar de pornografia.

A nossa Constituição chama-se... "democracia", porque o poder está nas mãos, não de uma minoria, mas do maior número de cidadãos.

Tucídides II, 37, in Preâmbulo do Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa.

a minoria pode ainda não ter lido, mas o que é que impede a maioria de passar os olhos pelo tratado?

virgin, de gustav klimt.

não gastar as energias. respirar fundo, deixar passar a onda e depois sim, começar a nadar. não é assim que mandam os nadadores-salvadores?

como vês, percebeste tudo.

seria que, depois do estrondoso «não» francês, a Inglaterra convocasse um referendo e aprovasse a constituição europeia.

- estamos a brincar às mães, diz-me a maria. eu sou a mãe.
- e eu sou a inês, responde a B.
- a inês? pergunto.
- sim, é a mãe.

não estamos mal, estamos muuuuuito mal.

ontem foi o dia de santa rita dos impossíveis. o que teria acontecido ao benfica, ao porto e ao sporting (ou ao boavista, à académica e ao nacional da madeira) se fosse dia de possíveis?

chiang andava cheia de saudades de casa...

- quanto custa um bilhete de avião para portugal?
- uns 200 euros.
- para a china são 500. mas já pensei em tudo: saio daqui sexta feira à tarde, chego já o sábado vai avançado, depois saio de lá no domingo e já venho trabalhar na segunda.

...será que a loira já gosta de mim...?

O que há em mim é sobretudo cansaço -
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

já não resisto a duas noites em branco (por causa da B), seguidas de uma jantarada a entrar pela noite dentro. este cansaço, este, especificamente, o de álvaro de campos, dedico-o ao keiser, que adooora «citações maricas do pessoa». pfff... que cansaço!

dos 30 finalistas no concurso de acesso à carreira diplomática, 18 (dezoito) são mulheres.

a partir de hoje, a música aparece ali ao lado, em cima dos links. se preferirem que não comece logo a tocar é só dizer. enjoy

- mãe, posso comer mais uma [bolacha]?
- não, querida. já chega.
- e duas?

não fosse a corrida ao hospital da estefânia, às nove da manhã, e não me teria lembrado deste dia.

PS: a B. ficou boa logo que se viu sentada numa cadeira das urgências.

não me voltar a gabar de ter passado um dia bom, sobretudo nas vésperas de sexta-feira 13.

... em que corre tudo mal. e depois há dias como o de hoje.
devo ter merecido.

...por uns dias... umas horas... um abraço. guarda-me.
onde é que teremos aprendido esta amizade toda?

nunca gostei de relatos. então no carro... é que nem pagos! dava-me logo um enjoo súbito, uma dor de cabeça intensa. mas hoje, na marginal, chorei por mais, ao ouvir a celebração de um e outro e mais um gooooool! ainda. os deuses estão com portugaaaal, gritava.
nunca gostei de relatos. mas o que jorge perestrelo nos trazia, através da tsf, não era um relato, era uma festa. e para isso não é preciso perceber ou sequer gostar de futebol. bastava estar desperta para a vida.
nunca gostei de relatos. hoje, no dia do adeus, apagou-se a minha excepção que confirmava a regra.

- não usar os mesmos métodos baixos

tenho lá em casa uma caneca que diz:
everithing I like is illegal, immoral or fattening.

- inicialmente haveria toda uma parte da bíblia dedicada à reencarnação, que terá desaparecido misteriosamente, com o correr da história. vendo bem as coisas, até faz sentido: o céu não pode ser um depósito de almas, senão daqui a bocado começam a cair alminhas lá de cima...!
- as almas que caem do céu são as estrelas cadentes. são as almas que querem voltar à terra para infernizar a vida a toda a gente. mas quando chegam à atmosfera... boum...!!! rebentam numa luz brilhante que cega os mais incautos.
- prefiro a ideia das almas que voltam à terra para reviver coisas boas, como reencontrar um grande amor. a luz na atmosfera serve de aviso. «cá vou eeeuuuuu...» que tal?
- é. «cá vou eu» - atenção aí em baixo, alguém que me agarre senão parto-me toda!
- ou «cá vou eu» - mi procura... mi aguarde.

... bem longe daqui.

há dias sentei-me num café a trabalhar. a uns dois metros à minha esquerda, virado para mim, instalou-se um senhor de cabelo grisalho. vestia calças de ganga e uma t-shirt branca banal. de um saco de pano do fundo social mundial, tirou um grande caderno de capa dura e folhas limpas onde, durante uns largos minutos, se entreteve a fazer o meu retrato. meia hora depois pagou, meteu o caderno num saco e, já à beira da porta, captou-me o olhar. tinha uns olhos intensos e uma vista de «longo alcance».

não foi o facto de ter retratado o meu perfil que mais me incomodou. o que me perturbou de facto foi que, depois de me ter tirado a pinta, tivesse querido desvendar-me a essência.