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sábado, outubro 30

recomenda-se 


Oscar et la dame rose, de Eric-Emmanuel Schmitt
brutal. brilhante. e lê-se em duas horas.

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sexta-feira, outubro 29

às armas 

começo pelo fim.

Sei que vocês não aguentarão mais. Ouço-vos em toda a parte, por enquanto em surdina, em breve até que a voz vos doa. E por isso vos peço: ajudem a derrubar este governo.
Pela verdade e dignidade da vossa geração. Para que, tal como os vossos pais quando contaram 1974, possam dizer aos vossos filhos: sabes, fizemos um segundo 25 de Abril, só com arte e coragem, e o governo foi--se embora.
Com toda a v(n)ossa força

Daniel Sampaio


o princípio está aqui.

NR: daniel, não seria mais «producente» mandar uma cartinha (de preferência bem fechada) ao seu irmão jorge...?

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porque hoje é o dia 


o cancro da mama mata quatro mulheres por dia, em portugal.

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Urgente 

para saciar a curiosidade de um ou outro amigo...


«é urgente parar o mundo. quero sair». eu também.

o tema não é novo - as discussões. as conversas. os silêncios. os rancores. a saudade. as memórias. as dúvidas e inseguranças... mas há textos muito muito bons e a representação é despretenciosa, animada, envolvente. só peca por ser muito longo.

ah, é urgente não chegar atrasado!

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quarta-feira, outubro 27

olhar 

(...) andávamos exaustos e, à medida que o tempo passava, as nossas discussões tornaram-se sistemáticas, um reflexo que nenhum dos dois conseguia controlar. Ela resmungava e eu amuava; ela refilava e eu cismava; passávamos dias sem termos coragem de falar um com o outro. David era a única coisa que parecia dar-nos prazer e falávamos sobre ele como se não houvesse mais nenhum assunto, cuidadosos em não ultrapassar as fronteiras daquela zona neutra. Mal o fazíamos, os atiradores metiam-se outra vez nas trincheiras, trocavam-se tiros e a guerra de desgaste começava de novo. Isso parecia arrastar-se interminavelmente, um conflito subtil sem nenhum objectivo definido, combatido com silêncios, mal-entendidos e olhares desconcertados, magoados. Por tudo isso, acho que nenhum dos dois estava disposto a render-se. Tínhamo-nos ambos entrincheirado para o longo ataque e a ideia de desistir nunca nos tinha sequer ocorrido. (...)

Paul Auster (aqui, num excerto de Leviathan), dá hoje uma entrevista à VISÃO*.

*não vale a pena fazer link, porque não está publicada na visão online...

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injustiça 


eu gosto de observar eclipses e até me contaram como são importantes, mas... é ou não é uma injustiça tapar uma lua cheia como esta?

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nota da redactora 

aqui não deverão ler coisa alguma sobre o senhor que, perdendo a qualidade de «durão», passou a ser, apenas, josé manuel barroso. vou fazer blackout. auto-censura, se quiserem.
não vou falar nem sobre o ex-durão, o barroso. e muito menos sobre o marcelo. disse.

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vem aí tempestade 


...la nuit (...) on souhaiterait qu'il pleuve, pour se rincer d'une journée.

jacques brel, em j'attends la nuit, de paul-robert thomas

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terça-feira, outubro 26

ups! 

há favores que se pagam caro...

Latest news: Barroso in some serious shit!!!
O homem pode ser que não caia - mas a obra não nasce.

(obrigada, diogo)!

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segunda-feira, outubro 25

recomenda-se 


anne teresa de keersmaeker volta ao ccb na próxima quarta feira, 27.
é fácil, não é barato, mas vale milhões.

com música de joan baez... recomenda-se às amigas mais moody.

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regras 

quando sou generosa, ofereço sem esperar nada em troca; ofereço, contentando-me com a satisfação do outro.

quando se é generoso, não se pode, depois, cobrar o que quer que seja, sob o argumento de que se foi generoso. não se pode esperar nada em troca. é assim. são as regras. e não podem ser quebradas.

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sexta-feira, outubro 22

flânner 

FLÂNER v. intr. XVIIe siècle, en dialecte normand ; XIXe siècle, en français. Probablement issu de l'ancien scandinave flana, «courir çà et là».
Se promener sans but précis et à loisir. Flâner le long des quais, sur les boulevards, dans les vieux quartiers. Par ext. Agir sans se hâter, perdre son temps. Ne flânez pas ainsi dans votre travail. Il aura passé sa vie à flâner.


se o dictionnaire de l'académie française o diz... pois seja. foi isto que fiz.
passeei-me sem destino nem pressa. fui à place des vosges, ao museu picasso, percorri les halles, st. germain des prés, o quartier latin, as tuilleries e os champs élysés, que me põe sempre a cantar a mesma música... a orangerie continua fechada, mas vi uma super exposição do «turner, whistler e monet», no grand palais. recomendo! ah, e se passar por cá, não percam o filme «comme une image», de agnès jaoui, com o jean-pierre bacri (ambos actores do «le gôut des autres»).

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fora de serviço 


desculpem, ainda estou meia fora...
prometo lançar a ancora nas próximas horas.

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quarta-feira, outubro 13

partida 

pronto. já está tudo aqui. é favor não ler os posts antes da data que está em cada título. comecem de trás para a frente, ou melhor, de baixo para cima. boa viagem.

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terça-feira, outubro 12

quarta feira, 20 

último dia. tivemos certamente boas sessões de cinema. as solas das botas terão de ser certamente actualizadas. os cinco sentidos andaram por aí, à solta. sem embargo nem censura. deixo-te as saudades que tinha de ti. levo as da cidade. quando chegar depois troco, não te preocupes. obrigada.
e agora... vou seguir o sol. ele há saber levar-me...

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terça feira, 19 


onde quer que esteja, o que quer que faça, teria sido diferente, se tivesses vindo.

legère pluie. 7ºC-15ºC

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segunda feira, 18 


o comboio traz-me de volta. o tempo corre depressa. tão depressa que nunca chega...
vamos? mas vamos onde?!? para um lado tenho o pompidou, para o outro o louvre. até à opera garnier são dez minutos a pé. até à da bastille são quinze...
quando a esmola é grande, o pobre desconfia. mas, pior do que isso... hesita. tenho uns dias para me mentalizar que tanto faz.

já noutro site... pluie. 6ºC-13ºC

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domingo, 17 

e ao sétimo dia... o Senhor descansou. eu parei ao terceiro, para recuperar forças. amanhã regresso à cidade-luz.

partly cloudy. 8ºC-13ºC

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sábado, 16 


hoje o dia é della mia amica verónica. o resto é paisagem.
vieni a prendermi alle 10h30, certo?

cloudy. isolated light rain shower. 9ºC-13ºC

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sexta feira, 15, à noite 


comemos qualquer coisa e levas-me ao comboio. fui a bruxelas em abril, mas há uns anos que não fico lá em casa. vai ser bom empurrar aquelas portas de madeira, pesadas, com as cruzes da antiga igreja.
não. obrigada pelo convite, mas hoje não vou jantar. quero gozar um bocadinho a casa e aproveitar para descansar. amanhã é outro dia.

ocasional light rain/drizzle. 9ºC-13ºC

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sexta feira, 15, de dia 


hoje ainda não sei. vou andar por aí, depois de ler atentamente o pariscope. disseste-me que não há nenhuma coisa de especial. para mim haverá sempre qualquer coisa de especial. nem que seja o ar, que é diferente. e as gentes. e a moda. e os crepes...
não te preocupes. hei-de descobrir qualquer coisinha, escondida no meio dessas páginas todas, que me desperte a atenção. e se isso não acontecer, há sempre o museu picasso e a gare d'orsay, apesar de os conhecer quase de cor.

isolated light rain shower. 9ºC-13ºC

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quinta feira, 14, à tarde 


tu vais trabalhar e levas o tiramisu para festejar a publicação do artigo. eu não preciso que me tirem su porque estou em paris, vou passear para o quartier latin e regressar à «minha» place des vosges.
à noite vamos ver o «chien andalou», do buñel. consola-me saber que perco o festival de cinema francês que se passeia por portugal mas que me espera outro, em paris. depois do filme, está combinado, vamos a um japonês.

ocasional rain/drizzle. 11ºC-15ºC

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quinta feira, 14, de manhã 


estou a chegar. já tenho o plano todo. aterro em orly, apanho o orlybus e saio na última estação. é o coração de paris. o centro da cena, à beira do sena.
estarás à minha espera. deixo as coisas. almoçamos. não conseguindo pôr a conversa em dia, começamos por matar a saudade. aviso já que vou carregada dela...

ocasional light rain/drizzle. 11ºC-15ºC

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quarta feira, 13, à tarde 


demain j'ai un rendez-vous à paris.
estou ansiosa. em pulgas, mesmo.


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até ao meu regresso 

amanhã vou para paris. aqui vos deixo um cheirinho do meu passeio e do que por lá espero encontrar. é para ser consumido com moderação, isto é, segundo as minhas orientações: os títulos servirão de indicação para o dia (e, por vezes, a altura do dia) a partir do qual podem ser lidos os posts referentes. é assim mesmo: neste blog não há censura, mas há embargo. espero que se divirtam.

até ao meu regresso.

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cena de ciúmes 

depois de oito (OITO!) meses a pensar arduamente no assunto, o RCP lá conseguiu escolher um nome para o seu blog. foram oito meses a falar semanalmente no assunto e depois escolhe-me um nome destes! há gajos que mais vale não porem os neurónios a funcionar...

PS: ah, e obrigadinha pelo agradecimento, sim? as horas que tive de te aturar. «como é que se abre?», «como é que se põe?», «o que é que achas deste nome?», «e como é que se põe o mail?», «e os comentários? e as fotos?» e «como...?» e «como...?» e «como...?». e depois o primeiro post é todinho dedicado ao JPH! eu sei que o JPH é teu compadre e também sei que o blog dele tem dez vezes mais audiência que o meu, mas quer-se dizer... não te via com uma educação tão deteriorada. «hádes» vir pedir mais ajuda que eu mando-te mas é pró próprio do inferno. 'tás avisado!

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segunda-feira, outubro 11

comunicação ao país 

santana lopes não usou teleponto. assim não dá!

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por favor no copies este CD 



os gotan project voltam a atacar...
com inspiración.espiración, philippe cohen solal baralha e volta a dar as músicas da revancha del tango.
resultado? é... especial.

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sábado, outubro 9

quantos são? 



na amizade aplica-se a mesma lógica que na procriação:

o filho único tem todo o mimo do mundo, mas sente-se só.
o segundo vem fazer companhia ao primeiro, mas obriga-o a partilhar as atenções.
o terceiro vem animar a festa, diluir a disputa de atenção, mas introduz uma lógica de alianças, deixando os três expostos ao risco de, em certas circunstânias, serem deixados de fora.
mas a partir do quarto... tudo o que vier é bom. não deve ser visto como ameaça.

PS: o número de personagens no quadro do matisse é pura coincidência.

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sexta-feira, outubro 8

noutro diário... 


«Queridos Hildida, Aleidita, Camilo, Celia y Ernesto:

Si alguna vez tienen que leer esta carta, será porque yo no esté entre ustedes.
Casi no se acordarán de mí y los más chiquitos no recordarán nada.
Su padre ha sido un hombre que actúa como piensa y, seguro ha sido leal a sus convicciones.
Creszcan como buenos revolucionarios. Estudien mucho para poder dominar la técnica que permite dominar la naturaleza. Acuérdense que la Revolución es lo más importante y que cada uno de nosotros, solo, no vale nada.

Sobre todo, sean siempre capaces de sentir en lo más hondo cualquier injusticia cometida contra cualquiera parte del mundo. Es la cualidad más linda de un revolucionario.

Hasta siempre hijitos, espero verlos todavia. Un beso grandote y un abrazo de

Papá»
NOTA: Esta carta por razones desconocidas no tiene lugar y fecha que toda carta debe llevar.
Quando Ernesto (Che) Guevara deixou Cuba para lutar pela libertade na Bolívia, deixou escrita esta carta, para [todos] os seus filhos. Encontrei-a há umas semanas, ao folhear o meu programa de quarta classe (programa de cuarto grado - nivel primario, edição da dirección de programación educativa do ministerio de educación da Nicarágua, vendido em 1983 por C$25.00).
E hoje estreia o filme «Diários de Che Guevara». Eu vou ver.

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quinta-feira, outubro 7


o outono chegou. passou o verão, e antes dele a primavera e o inverno. e antes do inverno... o outono e o verão e a primavera e o inverno e outro outono.
pois, mas este outono, este que aqui vos trago, traz muito mais luz que os outros...

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e esta, hein? 

«A CURA DA HOMOSSEXUALIDADE

Contardo Calligaris

A Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro se apresta a votar um projeto de lei, do deputado Edino Fonseca, que cria o Programa de auxílio às pessoas que voluntariamente optarem pela mudança (...) de sua orientação sexual da homossexualidade para a heterossexualidade.
Para implementar o programa, "o poder público estabelecerá convênios com organizações governamentais, não governamentais, Associações Civis, religiosas, profissionais liberais e autônomos". Ou seja, o dinheiro público financiará os que se propõem a converter homossexuais em heterossexuais.
O projeto afirma que o programa não é discriminatório, pois se destina aos homossexuais que desejarem mudar de orientação. No caso dos menores, a reserva não vale. Não será preciso que os adolescentes homossexuais desejem mudar de orientação, bastará a vontade de pais ou tutores. Seu filho tem trejeitos? Chame o governo; ele dará conta das frescuras do menino.
A Comissão de Constituição e Justiça deu parecer favorável: "A proposição é de relevante cunho social e não esbarra em preceitos constitucionais".
Muito bem, vou fundar o Instituto Michael Jackson para a transformação de negros em brancos (claro, só os negros que quiserem). A idéia é de relevante cunho social e benéfica, visto que, de fato, em nossa sociedade, é melhor ser branco. Uma vez esbranquiçados, os negros ganharão mais e competirão com os brancos em pé de igualdade. OK? (...)»

(continua nesta outra folha)

qualquer comentáirio saído deste meu bigo seria o princípio de uma tese de mestrado. por cortesia, poupo-vos.

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quarta-feira, outubro 6

porque é que os portugueses dormem mal 


os pais dos alunos da escola EB1 de lourel, sintra, vão continuar sem dormir - é que dos seis professores «pedidos», apenas lhes chegou... um!

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terça-feira, outubro 5

direito de resposta 

caro keizer, revelaste-me uma maturidade política que invejo profundamente. e, apesar de subscrever inteiramente o teu post, não resisto a dedicar-te umas quantas notas:
1. apenas uma (uma!) intervenção, em guimarães, destacou aquele que deve ser, a meu ver, o princípio base dos partidos e dos políticos. foi um delegado, bastante jovem, por sinal, que disse uma das coisas mais acertadas deste congresso: «queremos ter o poder para melhor mudar portugal». simples. conciso. preciso. positivo. corajoso. generoso. como seria de esperar, esta frase, tão certeira, tão esquecida, não conseguiu disputar os aplausos de um jorge coelho (o delegado que mais usou as palavras «ganhar» e «vitória»).
2. o PS parece desprezar as ideias, as estratégias. mostrou que sabe criticar, mas não está para construir. que entre o «idealismo vs pragmatismo» que sousa pinto decidiu, tão arrogantemente, proclamar, os novos dirigentes socialistas optam por se esconder a meio caminho, numa terra de ninguém.
vi esse cerrar de fileiras que relatas, a organização do partido à volta dos sprinters que se lançam na corrida para a vitória. premiando os amigos, sim, mas premiando também aqueles que, independentemente da autoridade ética e moral, da capacidade de pensar ou mesmo da solidariedade (tão socialista), conseguirem mais votos (o caso dos meninos do porto é de bradar aos céus!!!). o oportunismo - não sublinhaste - é recíproco. ora toma lá o meu apoio e dá cá um lugarzito ou, visto do outro lado, toma um lugarzito e dá cá um saco cheio de votos.
enquanto a sociedade só servir para alcançar o poder e não para construir, através do poder, um mundo melhor, a abstenção não diminuirá e só os caloiros cairão na ilusão dos estados gerais - perdão, das novas fronteiras - cujo prazo de validade termina com a vitória eleitoral.
3. mas a tristeza vai mais além. já fora deste universo, vemos um populismo e uma demagogia que só ajuda a promover perigosos radicalismos. veja-se a estrema-direita, que se espalha pelo mundo que nem uma mancha de crude.
4. e agora toca a fazer figas, para que não me despeçam...

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segunda-feira, outubro 4

até sempre, camaradas 

houve quem temesse pela amizade, por ficar sem a aura que o poder confere.
e houve quem, por estar fora do poder, recuperasse a grandeza do sorriso.

gosto de gente solta e sorridente. mas, mais importante, não perco amigos por estas razões. muito pelo contrário!

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aldeia dos macacos 

este fim de semana fui ao jardim zoológico e encontrei a aldeia dos macacos em festa. os convidados eram ilustres: um animal feroz, não sei bem de que raça, mas feroz. sem alma, é certo, mas feroz. feroz, considerado um verdadeiro perigo para a concorrência. cruzei-me com um morcego não sei se emperuado se deveras transformado em peru que, numa semana, conseguiu crescer uns 10 centímetros. vi um peixe de águas profundas que quase me conseguiu afogar naquelas terríveis profundezas. e depois havia macacos. muitos e das mais variadas espécies.

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