domingo, abril 25
viva as liberdades
começou com uma hora de atraso. eu estava a chegar a casa quando ouvi o estrondo. e depois outro. e outro. olhei pela janela, a única que dá para o rio. havia fogo de artifício, ali mesmo, na praça do comércio. subi as escadas de dois em dois, que a vista do terraço é muito melhor. foi lindo. viva! viva a liberdade!
sábado, abril 24
dilema
a maria tem medo do mar com ondas e eu não gosto do mar sem ondas....
vão ser umas férias difíceis.
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vão ser umas férias difíceis.
quinta-feira, abril 22
(R)evolução
6 de junho de 1968.
no coliseu dos recreios, a companhia de ballet XXe siècle apresentava o seu Romeu e Julieta. no fim do espectáculo, "o Coliseu vem abaixo. Os aplausos não cessam. (...) O público quer Béjart. Este aparece. Faz um sinal, levanta os braços, imperioso. Silêncio total. Com uma voz que se ouve em toda a sala: "Robert Kennedy foi assassinado... foi vítima da violência e do fascismo... (...) Como todos os que estão aqui esta noite, somos contra as ditaduras... peço um minuto de silêncio" (...) Durante 20 minutos a assistência aplaude freneticamente.", recorda o Diário de Lisboa, já em 1974. Umas horas depois, a PIDE ia buscar Béjart ao hotel. Meteu-o num carro blindado e deixou-o num pequeno posto fronteiriço espanhol, numa estrada deserta, às três da manhã. O caso foi abafado.
9 de junho de 1968
é publicada, em todos os jornais nacionais, a seguinte nota oficiosa:
"APROVEITAMENTE DE UM ESPECTÁCULO DE ARTE PARA FINS POLÍTICOS
Do Secretariado Nacional da Informação, recebemos a seguinte nota: Durante o espectáculo de uma companhia estrangeira, realizado em Lisboa na noite de 6 do corrente, foram dirigidas à juventude exortações derrotistas e tomadas de atitudes de especulação política inteiramente estranhas ao próprio espectáculo.
Perante a luta que temos de manter em defesa da integridade nacional, não pode consentir-se que uma companhia estranjeira aproveite abusivamente, um palco português para contrariar objectivos nacionais.
As autoridades foram, assim, forçadas a impedir a permanência em território português do súbdito estrangeiro responsável por aquele espectáculo."
abril de 1974
Logo após a revolução de abril, Maurice Béjart dá a conhecer á Gulbenkian a sua vontade de voltar a Portugal.
6 a 8 de junho de 1974
Béjart regressa ao coliseu, onde apresenta Romeu e Julieta, o mesmo espectáculo de 1968.
1998
o coerógrafo belga traz Le Presbytère a Portugal.
dois dias antes da estreia, Jorge Sampaio condecora Béjart com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
2002
Béjart regressa, com Sete Danças Gregas, Brel e Barbara e Bolero. deixem-me que vos diga que... eu estava lá!
abril-maio de 2004
mais um regresso, ao coliseu.
e eu... vou lá estar. nesse dia, vou festejar. festejar o espectáculo. festejar os 50 anos de carreira do Béjart. e festejar os 30 do 25 de abril.
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no coliseu dos recreios, a companhia de ballet XXe siècle apresentava o seu Romeu e Julieta. no fim do espectáculo, "o Coliseu vem abaixo. Os aplausos não cessam. (...) O público quer Béjart. Este aparece. Faz um sinal, levanta os braços, imperioso. Silêncio total. Com uma voz que se ouve em toda a sala: "Robert Kennedy foi assassinado... foi vítima da violência e do fascismo... (...) Como todos os que estão aqui esta noite, somos contra as ditaduras... peço um minuto de silêncio" (...) Durante 20 minutos a assistência aplaude freneticamente.", recorda o Diário de Lisboa, já em 1974. Umas horas depois, a PIDE ia buscar Béjart ao hotel. Meteu-o num carro blindado e deixou-o num pequeno posto fronteiriço espanhol, numa estrada deserta, às três da manhã. O caso foi abafado.
9 de junho de 1968
é publicada, em todos os jornais nacionais, a seguinte nota oficiosa:
"APROVEITAMENTE DE UM ESPECTÁCULO DE ARTE PARA FINS POLÍTICOS
Do Secretariado Nacional da Informação, recebemos a seguinte nota: Durante o espectáculo de uma companhia estrangeira, realizado em Lisboa na noite de 6 do corrente, foram dirigidas à juventude exortações derrotistas e tomadas de atitudes de especulação política inteiramente estranhas ao próprio espectáculo.
Perante a luta que temos de manter em defesa da integridade nacional, não pode consentir-se que uma companhia estranjeira aproveite abusivamente, um palco português para contrariar objectivos nacionais.
As autoridades foram, assim, forçadas a impedir a permanência em território português do súbdito estrangeiro responsável por aquele espectáculo."
abril de 1974
Logo após a revolução de abril, Maurice Béjart dá a conhecer á Gulbenkian a sua vontade de voltar a Portugal.
6 a 8 de junho de 1974
Béjart regressa ao coliseu, onde apresenta Romeu e Julieta, o mesmo espectáculo de 1968.
1998
o coerógrafo belga traz Le Presbytère a Portugal.
dois dias antes da estreia, Jorge Sampaio condecora Béjart com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
2002
Béjart regressa, com Sete Danças Gregas, Brel e Barbara e Bolero. deixem-me que vos diga que... eu estava lá!
abril-maio de 2004
mais um regresso, ao coliseu.
e eu... vou lá estar. nesse dia, vou festejar. festejar o espectáculo. festejar os 50 anos de carreira do Béjart. e festejar os 30 do 25 de abril.
quarta-feira, abril 21
no "penico do mundo", take 2
entre o faz e o não faz o check in, fui meter o nariz nos folhetos expostos no hall do hotel. este, este e, claro, o the bulletin. subi ao quarto e analisei detalhadamente toda aquela literatura. brel, sem dúvida. khnopff também gosto. gipsy kings tinha graça. brel, outra vez. o quê, acaba amanhã? é já! quem quisesse que me seguisse. fomos alguns. foi muito bom. também não esperava outra coisa...
... l'ombre de ton ombre...
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... l'ombre de ton ombre...
no "penico do mundo", take 1
- estavam 20º C quando cheguei. caraças! a metereologia dizia 5º a 17ºC... vim ao engano. o "verão em maio" (de que, confesso, já me tinha esquecido) tinha chegado mais cedo. olha, ainda bem! pas si vite, madame, irrompe o chauffeur: para amanhã dão chuva. caraças! o meu avô bem dizia que bruxelas era o penico do mundo.
- o chauffeur é simpático. é o típico belga... atravessamos a cidade e continuamos a falar. esta estátua é nova... meyser continua infernal. e eu que tive de passar por aqui quando tirei a carta, suspirei. contou-me que adora portugal, que comprou uma casa em lagos e que já há oito anos que lá vai passar seis semanas, entre julho e agosto. também já me tinha esquecido desta qualidade de vida.
- o berlaymont está quase pronto. está bem bonito. gosto das palas metálicas. pena que tenha custado três vezes mais que o previsto. são coisas que acontecem... até em bruxelas!
- palácio da justiça. como é que está o processo dutroux?, perguntei. "amanhã é ouvida a sabine". coitada... e lá continuou... o processo já dura há nove anos. ainda vai durar mais dois ou três meses... o homem tem cinco advogados (sim, cinco!) e quem paga somos nós!, indigna-se. custo disso tudo? ao todo... uns três milhões de euros... glup!
- descemos a rue de la loi. substituíram uma faixa de rodagem por uma pista para bicicletas. vá lá, boas notícias!
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- o chauffeur é simpático. é o típico belga... atravessamos a cidade e continuamos a falar. esta estátua é nova... meyser continua infernal. e eu que tive de passar por aqui quando tirei a carta, suspirei. contou-me que adora portugal, que comprou uma casa em lagos e que já há oito anos que lá vai passar seis semanas, entre julho e agosto. também já me tinha esquecido desta qualidade de vida.
- o berlaymont está quase pronto. está bem bonito. gosto das palas metálicas. pena que tenha custado três vezes mais que o previsto. são coisas que acontecem... até em bruxelas!
- palácio da justiça. como é que está o processo dutroux?, perguntei. "amanhã é ouvida a sabine". coitada... e lá continuou... o processo já dura há nove anos. ainda vai durar mais dois ou três meses... o homem tem cinco advogados (sim, cinco!) e quem paga somos nós!, indigna-se. custo disso tudo? ao todo... uns três milhões de euros... glup!
- descemos a rue de la loi. substituíram uma faixa de rodagem por uma pista para bicicletas. vá lá, boas notícias!
pira-te!
foi em pleno território da nato que soubemos. "o major foi preso". preso?!? cheguei ao hotel duas horas e meia depois, com um incontrolável desejo de me ligar à euronews. "escândalo no futebol português, a dois meses do EURO2004", bla bla bla... presos... corrupção, tráfico de influências... bla bla bla... 16 detidos... bla bla. triste, muito triste, mas com isto posso eu bem, pensei. bla bla... e deixei-os a falar, enquanto fazia a mala. "nos açores, portugal..." como?!? sim, era isso: portugal tinha honras de segunda referência, no noticiário da euronews. nos açores, portugal, tentativa de suborno... 2500 euros... retirar as queixas...
com uma posso eu bem. duas é demais! tenho de perceber rapidamente se vivo em portugal por missão ou por castigo (fernando pessoa)... é que castigos destes, no thanks!
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com uma posso eu bem. duas é demais! tenho de perceber rapidamente se vivo em portugal por missão ou por castigo (fernando pessoa)... é que castigos destes, no thanks!
sexta-feira, abril 16
a verdade
a teresa chegou à sala perdida em choro.
- o que foi, teresa?
entre tanto soluço, nem a marta, nem a maria nem o gonçalo conseguiram pereber a causa de tamanho desgosto. com uns anitos de experiência (não muitos, mas os suficientes), a marta levantou-se, foi até ao quarto e disparou, sem sequer dar o benefício da dúvida:
- gonçalo, o que é que fizeste à teresa?
- nada.
- gonçalo... o que é que fizeste à teresa? ela está a chorar...!
- nada, mãe.
- gonçalo, diz-me a verdade!
- a verdade.
nem mais. verdade: "(L. veritate), f. Qualidade pela qual as coisas se apresentam tais quais são; conformidade entre a expressão e o(s) facto(s) expresso(s); realidade; exactidão; sinceridade; coisa verdadeira; princípio exacto; representação fiel; carácter próprio."
neste caso, o significado de verdade estaria mais próximo de "carácter próprio" do que de outra coisa qualquer. afinal, o gonçalo tinha-lhe feito uma série de tropelias. mas também, a teresa, mais nova, não tinha nada que andar a mexer nas coisas do irmão!
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- o que foi, teresa?
entre tanto soluço, nem a marta, nem a maria nem o gonçalo conseguiram pereber a causa de tamanho desgosto. com uns anitos de experiência (não muitos, mas os suficientes), a marta levantou-se, foi até ao quarto e disparou, sem sequer dar o benefício da dúvida:
- gonçalo, o que é que fizeste à teresa?
- nada.
- gonçalo... o que é que fizeste à teresa? ela está a chorar...!
- nada, mãe.
- gonçalo, diz-me a verdade!
- a verdade.
nem mais. verdade: "(L. veritate), f. Qualidade pela qual as coisas se apresentam tais quais são; conformidade entre a expressão e o(s) facto(s) expresso(s); realidade; exactidão; sinceridade; coisa verdadeira; princípio exacto; representação fiel; carácter próprio."
neste caso, o significado de verdade estaria mais próximo de "carácter próprio" do que de outra coisa qualquer. afinal, o gonçalo tinha-lhe feito uma série de tropelias. mas também, a teresa, mais nova, não tinha nada que andar a mexer nas coisas do irmão!
quarta-feira, abril 14
with love
"- Um dia vi o Sol pôr-se quarenta e três vezes!
E pouco depois acrescentaste:
- Sabes... quando se está muito triste, muito triste, é bom ver o pôr do Sol..."
in O Principezinho, de Saint-Exupéry.
descobri...
foi ontem, por um feliz acaso...
... que conheci nitin sawhney.
obrigada, paulo!
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... que conheci nitin sawhney.
obrigada, paulo!
para o ivan
- Pai, o que é Páscoa?
- Ora, Páscoa é... bem, é uma festa religiosa.
- Igual ao Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na
Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Marta, vem cá!
- Sim?
- Explica a esta criança o que é ressurreição para eu poder ler o jornal descansado.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendido?
- Mais ou menos... Mãe, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me diga uma coisa destas! Coelho?! Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que este menino foi baptizado! Jorge, este menino não pode crescer assim, sem ir à missa, pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele diz uma asneira destas na escola? Deus me perdoe! Amanhã vou matricular este fedelho no catecismo!
- Mãe, mas o Pai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Vai estudar isso no catecismo. É a Trindade: Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Fátima?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que o Espírito Santo fica na Trindade?
- Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mãe entende muito bem, para falar a verdade. Mas se perguntar à catecista ela explica muito bem!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- (com irritação) Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Pai Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.
- O coelho põe ovos?!?
- Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!
- Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor, ou então peru.
- Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? E em que dia morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- ??? Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois.
- Um dia depois portanto!
- (gritando) Não, filho. Três dias!
- Então morreu na quarta-feira.
- Não! Morreu na sexta-feira santa... ou terá sido na quarta-feira de cinzas? Ah, miúdo, já me confundiste! Morreu na sexta-feira e ressuscitou no sábado, ou no domingo... três dias depois! Como!?!? Pergunte à sua professora de catecismo!
- Pai, então por que amarraram um monte de bonecos de pano na rua?
- É que hoje é sábado de aleluia e a aldeia vai fingir que vai bater em Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no sábado?
- Claro que não! Se ele morreu na sexta...
- Então por que eles não lhe batem no dia certo?
- Boa pergunta.
- Pai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim, porquê?
- Não sei, mas tenho um palpite de que o nome dele tinha no apelido Coelho. Só assim faz sentido esta coisa do coelho da Páscoa, não acha?
- Coitada...
- Coitada de quem?
- Da sua professora de catecismo!!!
recebido por e-mail
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- Ora, Páscoa é... bem, é uma festa religiosa.
- Igual ao Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na
Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Marta, vem cá!
- Sim?
- Explica a esta criança o que é ressurreição para eu poder ler o jornal descansado.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendido?
- Mais ou menos... Mãe, Jesus era um coelho?
- Que é isso menino? Não me diga uma coisa destas! Coelho?! Jesus Cristo é o Pai do Céu! Nem parece que este menino foi baptizado! Jorge, este menino não pode crescer assim, sem ir à missa, pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele diz uma asneira destas na escola? Deus me perdoe! Amanhã vou matricular este fedelho no catecismo!
- Mãe, mas o Pai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Vai estudar isso no catecismo. É a Trindade: Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Fátima?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que o Espírito Santo fica na Trindade?
- Não é o Banco Espírito Santo que fica na Trindade, meu filho. É o Espírito Santo de Deus. É uma coisa muito complicada, nem a mãe entende muito bem, para falar a verdade. Mas se perguntar à catecista ela explica muito bem!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- (com irritação) Eu sei lá! É uma tradição. É igual ao Pai Natal, só que em vez de presentes, ele traz ovinhos.
- O coelho põe ovos?!?
- Chega! Deixa-me ir fazer o almoço que eu não aguento mais!
- Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era, era melhor, ou então peru.
- Pai, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, não é? E em que dia morreu?
- Isso eu sei: na sexta-feira santa.
- Que dia e que mês?
- ??? Sabes que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na sexta-feira santa e ressuscitou três dias depois.
- Um dia depois portanto!
- (gritando) Não, filho. Três dias!
- Então morreu na quarta-feira.
- Não! Morreu na sexta-feira santa... ou terá sido na quarta-feira de cinzas? Ah, miúdo, já me confundiste! Morreu na sexta-feira e ressuscitou no sábado, ou no domingo... três dias depois! Como!?!? Pergunte à sua professora de catecismo!
- Pai, então por que amarraram um monte de bonecos de pano na rua?
- É que hoje é sábado de aleluia e a aldeia vai fingir que vai bater em Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no sábado?
- Claro que não! Se ele morreu na sexta...
- Então por que eles não lhe batem no dia certo?
- Boa pergunta.
- Pai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim, porquê?
- Não sei, mas tenho um palpite de que o nome dele tinha no apelido Coelho. Só assim faz sentido esta coisa do coelho da Páscoa, não acha?
- Coitada...
- Coitada de quem?
- Da sua professora de catecismo!!!
recebido por e-mail
terça-feira, abril 13
boa noite
nomes...
"não acredito muito nessas coisas da astrologia. mas tenho notado que há um certo padrão de personalidade entre as pessoas com o mesmo nome. as anas, por exemplo, parecem ter uma personalidade forte, mas no fundo são pessoas fracas, que se queixam, que choram, que todos os dias têm uma dor e um drama diferente". o ambrósio não me quis dizer como eram as ineses que ele conhecia, portanto não pude confirmar esta sua teoria. posso, no entanto, dizer, com toda a frontalidade, que pedro's são pessoas que marcam. a xana que o diga.
tenho um post sobre pedro's escrito na cabeça há uns quantos dias. vou ter de arranjar tempo para o escrever como deve ser...
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tenho um post sobre pedro's escrito na cabeça há uns quantos dias. vou ter de arranjar tempo para o escrever como deve ser...
segunda-feira, abril 12
31
passei a meia noite à mesa com a minha mãe, a maria benedita e os gonçalos. a conversa estava tão boa que nem dei pelas badaladas. nem eu nem ninguém. haveria coisa mais importante que uma boa conversa, ali no meio da calma do alentejo? estávamos num sítio que adoro:
na manhã seguinte, no próprio do dia em que o telefone não pára de tocar, em que se ouvem vozes já esbatidas pelo passar do tempo, vozes vindas de lá longe (a mais distante chegou-me do canadá), vozes que trazem beijos, abraços, o calor de quem se gosta, que trazem uma parte do passado e tanta saudade... vozes que prometem "temos de nos ver mais vezes" e em quem acreditamos sempre, mesmo se não é para já. vozes traduzidas em sms, atropeladas, esmagadas entre um "bip" e outro. é bom... eu gosto.
passei o dia algures por aqui.
e por aqui encontrei uma casa lindíssima. uma casa protegida por dois enorme sobreiros, uma casa que satisfazia, sem qualquer dificuldade, uma boa parte dos meus sonhos.
almocei frente ao mar...
...shhh...
...mas não pude esperar pelo pôr-o-sol, não...
... então subi a costa sem pressas e acabei por atravessar a ponte ao mesmo tempo que o queen mary 2. quando dei pelas horas corri para casa. estava atrasada. para o ano não me posso esquecer que a mariana e o gonçalo não são escravos do fashionably late, inventado para estas ocasiões. a mariana e o gonçalo são fashionably muitas coisas, mas chegam mesmo a horas. os outros começaram a chegar, pontualmente, meia hora depois. gostei de passar a noite no meio daquele fumo todo. gostei da conversa. da minha má companhia de adolescência ter aparecido. do fim de semana combinado, outra vez para o alentejo. da catarina ter vindo do porto na véspera. e de o meu pai ter deixado o algarve mais cedo. do vasco se interessar subitamente por massagens orientais. do duarte ter vindo desanuviar do recém-nascido e da sogra, que esgotam o ar da casa. da mónica me ter deixado a comporta e a ana paula o meco só por mim. gostei da loira me ter obrigado a deixar tudo nos píncaros. e gosto de pensar que, para o ano, o ricardo há-de sentir-se mais à vontade para se tornar, ali, em minha casa, numa verdadeira fada do lar.
faltaram muitos, mas eu gostei. para o ano há mais.
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na manhã seguinte, no próprio do dia em que o telefone não pára de tocar, em que se ouvem vozes já esbatidas pelo passar do tempo, vozes vindas de lá longe (a mais distante chegou-me do canadá), vozes que trazem beijos, abraços, o calor de quem se gosta, que trazem uma parte do passado e tanta saudade... vozes que prometem "temos de nos ver mais vezes" e em quem acreditamos sempre, mesmo se não é para já. vozes traduzidas em sms, atropeladas, esmagadas entre um "bip" e outro. é bom... eu gosto.
passei o dia algures por aqui.
e por aqui encontrei uma casa lindíssima. uma casa protegida por dois enorme sobreiros, uma casa que satisfazia, sem qualquer dificuldade, uma boa parte dos meus sonhos.
almocei frente ao mar...
...shhh...
...mas não pude esperar pelo pôr-o-sol, não...
... então subi a costa sem pressas e acabei por atravessar a ponte ao mesmo tempo que o queen mary 2. quando dei pelas horas corri para casa. estava atrasada. para o ano não me posso esquecer que a mariana e o gonçalo não são escravos do fashionably late, inventado para estas ocasiões. a mariana e o gonçalo são fashionably muitas coisas, mas chegam mesmo a horas. os outros começaram a chegar, pontualmente, meia hora depois. gostei de passar a noite no meio daquele fumo todo. gostei da conversa. da minha má companhia de adolescência ter aparecido. do fim de semana combinado, outra vez para o alentejo. da catarina ter vindo do porto na véspera. e de o meu pai ter deixado o algarve mais cedo. do vasco se interessar subitamente por massagens orientais. do duarte ter vindo desanuviar do recém-nascido e da sogra, que esgotam o ar da casa. da mónica me ter deixado a comporta e a ana paula o meco só por mim. gostei da loira me ter obrigado a deixar tudo nos píncaros. e gosto de pensar que, para o ano, o ricardo há-de sentir-se mais à vontade para se tornar, ali, em minha casa, numa verdadeira fada do lar.
faltaram muitos, mas eu gostei. para o ano há mais.
domingo, abril 11
a franja nova
comprei uma tesoura para canhotos e ofereci-a à maria. passou um mês a escortanhar folhas de papel e a empestar o quarto de minúsculos pedaços de lixo. há um semana deve ter achado que já dominava o misterioso mundo do papel e decidiu inovar. agarrou num pedaço de cabelo, po-lo bem à frente dos olhos e... tunga! ficou com um bocado de franja. e eu achei uma graça imensa. afinal, fiz exactamente o mesmo, em miúda.
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quinta-feira, abril 8
serviço público
para quem não sabe, o maurice... lindo... é o maurice béjart.
é o director da companhia de bailado de lausanne. é belga, mas os parvos dos belgas deixaram-no ir embora. assim, sem mais nem menos. sem protestar. sem negociar. sem nada. ignoraram-no. fingiram que não era com eles.
bem, para dizer verdade, eu não me importei, porque o béjart continuou a ir a bruxelas, ano após ano, mostrar tudo o que fazia ali no país ao lado. fui sempre ve-lo. sempre. desde que voltei à base, já lá vão quase dez anos, o homem veio cá uma só vez. há uns quatro ou cinco anos. talvez mais. regressa agora, para eu poder matar saudades.
estará no coliseu - não consigo perceber porquê - de 30 de abril a 2 de maio. EU VOU!!!
PS: também vai ao porto. se não me engano, de 27 a 29...
PS para quem saiba do que estou a falar : posso gabar-me de ter visto o bolero (de ravel, mas coreografado pelo béjart) duas vezes. vi-o em lisboa, dançado por uma mulher. mas antes disso... o bolero que eu vi... o de ravel coreografado pelo béjart, foi um bolero dançado pelo... george dawn. embrulhem.
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é o director da companhia de bailado de lausanne. é belga, mas os parvos dos belgas deixaram-no ir embora. assim, sem mais nem menos. sem protestar. sem negociar. sem nada. ignoraram-no. fingiram que não era com eles.
bem, para dizer verdade, eu não me importei, porque o béjart continuou a ir a bruxelas, ano após ano, mostrar tudo o que fazia ali no país ao lado. fui sempre ve-lo. sempre. desde que voltei à base, já lá vão quase dez anos, o homem veio cá uma só vez. há uns quatro ou cinco anos. talvez mais. regressa agora, para eu poder matar saudades.
estará no coliseu - não consigo perceber porquê - de 30 de abril a 2 de maio. EU VOU!!!
PS: também vai ao porto. se não me engano, de 27 a 29...
PS para quem saiba do que estou a falar : posso gabar-me de ter visto o bolero (de ravel, mas coreografado pelo béjart) duas vezes. vi-o em lisboa, dançado por uma mulher. mas antes disso... o bolero que eu vi... o de ravel coreografado pelo béjart, foi um bolero dançado pelo... george dawn. embrulhem.
quarta-feira, abril 7
a primeira sophia
há dias, a maria foi ver a floresta, da sophia de mello breyner (adaptada em ópera infantil pela isabel alçada) ao são luís. adorou. bem, do que mais gostou, confesso, foi dos cogumelos. cogumelos?!? pois, os cogumelos, que fazem parte da parte mais "livre" da "adaptação livre" da isabel. mas não interessa. adorou... e eu, aproveitei.
corri a uma livraria. não queria perder a oportunidade de a apresentar à sophia. vi, folheei, contei os desenhos, o tamanho da prosa, comparei, e... trouxe dois.
guardei-os umas semanas. afinal, a sophia lê-se mais tarde... eu li-os mais tarde... mas depois achei que era um desperdício. deixa ver... tentei e... gostou! não se cansou da história sem bonecos. da prosa que corre, com cabeça tronco e membros, ritmo, melodia, mensagem e muitas personagens. não se cansou nem se perdeu. ouviu com atenção. e, no dia seguinte, já perguntava pela história a seguir. que orgulho! três anos e meio e já é fã da fada oriana...
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corri a uma livraria. não queria perder a oportunidade de a apresentar à sophia. vi, folheei, contei os desenhos, o tamanho da prosa, comparei, e... trouxe dois.
guardei-os umas semanas. afinal, a sophia lê-se mais tarde... eu li-os mais tarde... mas depois achei que era um desperdício. deixa ver... tentei e... gostou! não se cansou da história sem bonecos. da prosa que corre, com cabeça tronco e membros, ritmo, melodia, mensagem e muitas personagens. não se cansou nem se perdeu. ouviu com atenção. e, no dia seguinte, já perguntava pela história a seguir. que orgulho! três anos e meio e já é fã da fada oriana...
maurice
Eu vou...
vou sempre. hei-de ir sempre. e não me hei-de cansar!
terça-feira, abril 6
para a amiga Tzero
Confesso que não conheço e não gosto do João Pereira Coutinho. Desculpem, mas é mesmo o que apetece.
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leituras em dia
só quem não tem filhos, ou melhor, só que não tem a mínima noção do que é ter filhos se atreve a aconselhar a um amigo (ou amiga) um calhamaço para ler "durante o ano". ou a trazer um livro ("este já sabes que vais gostar") em italiano. não dá. mesmo que me lembrasse bem, e que quisesse muito, não dava... ando com várias noites de sono em atraso. não só, mas também por causa dos filhos. e com várias visões também por ler, mas isso, se calhar, é outra conversa. ando com jantares por dar, cinemas por ver, esplanadas por esplanar. por causa dos filhos. mas também por opção. escolho manter-me fiel a certas coisas, sobretudo à amizade, e isso tira-me tempo. mas não me importo. amigos antes de tudo. ainda tenho tempo para a história do xanax. sei que já não é preciso lembrar, mas eu ainda me lembro, sempre que chega a hora do meu turno. isso tira-me tempo e espaço de memória. mas não me importo. amigos acima de tudo. ainda tenho tempo para estar aqui, a estas horas, porque tenho quem chame por mim quando não apareço e eu não gosto de cobranças. tenho tempo, porque estou aqui e não estou a dormir. mas não me importo, porque sei que é importante para alguns, reconfortante para outros. para outros ainda é um mero divertimento. não me importo por isso mesmo. é prós amigos.
quanto aos livros... quando se tem filhos (um é complicado, dois é muuuuito complicado, três não quero pensar, pelo menos para já), até se pode ter tempo, mas deixa-se de ter disponibilidade mental. um jorge de sena não há-de poder ser interrompido por um "mãe, tenho fome" nem um tabucchi merece ter no meio da descrição da ilha um "quero fazer xixi". do outro livro continuo a não me conseguir lembrar. é mau sinal. as bateria estão frcas... até me posso tentar concentrar, mas logo logo aparece um besnico qualquer... "patã? é?" ou a abrir os braços, e a pedir "cóóóu". eu gosto de ler. gosto muito de ler. mas há livros que vão ter de esperar. o confesso que vivi está a meio. o vivir para contar-la está prometido para o verão (nem posso esperar... mas tem de ser), o churchil será para outras núpcias. a catherine clément lá está, com a sua putain du diable, mesmo o lado das mil e uma noites. cléa, baltasar e mountolive, esses, já nem se queixam...
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quanto aos livros... quando se tem filhos (um é complicado, dois é muuuuito complicado, três não quero pensar, pelo menos para já), até se pode ter tempo, mas deixa-se de ter disponibilidade mental. um jorge de sena não há-de poder ser interrompido por um "mãe, tenho fome" nem um tabucchi merece ter no meio da descrição da ilha um "quero fazer xixi". do outro livro continuo a não me conseguir lembrar. é mau sinal. as bateria estão frcas... até me posso tentar concentrar, mas logo logo aparece um besnico qualquer... "patã? é?" ou a abrir os braços, e a pedir "cóóóu". eu gosto de ler. gosto muito de ler. mas há livros que vão ter de esperar. o confesso que vivi está a meio. o vivir para contar-la está prometido para o verão (nem posso esperar... mas tem de ser), o churchil será para outras núpcias. a catherine clément lá está, com a sua putain du diable, mesmo o lado das mil e uma noites. cléa, baltasar e mountolive, esses, já nem se queixam...
lista... e tempo...
protector solar (da anthelios), tangas, sandálias para a praia (maria), chapéu (nº 52, maria), calções de praia (B.) z»*ij# KJh@%lkj *ipoj+"po%&jq23w»es[*#}jh... indice de desenvolvimento humano, taxa de literacia, ranking, conversão, submarinos?, médicos, livros, deputados, PIB... piiiiiiib. como é que vou conseguir fazer tudo?!? quem me garante que não vou à farmácia pedir uma mortalidade infantil e à zara-criança pedir os quilómetros de estrada alcatroada? quem me garante? e tudo isto... até amanhã à noite. com a mala, com o meter tudo na mala. roupa para praia, roupa para cidade, livros, cremes, cadeirinhas.. e aquela roupa de primavera: calções, camisola, sandálias mas também umas meias, que pode arrefecer... aaaaarghhhhh.
bem, depois, são só mais umas horitas e... férias. ou mais ou menos. espero, aí, ter tempo para tudo. e, mas importante que tudo, não ter tempo para morrer de saudades.
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bem, depois, são só mais umas horitas e... férias. ou mais ou menos. espero, aí, ter tempo para tudo. e, mas importante que tudo, não ter tempo para morrer de saudades.
segunda-feira, abril 5
esta vai longe...
"maria, e o pão era redondo ou quadrado?"
depois de pensar uns segundos, respondeu com convicção: "era quadrondo."
com esta não vou ter de me preocupar. acho que está safa para a vida!
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depois de pensar uns segundos, respondeu com convicção: "era quadrondo."
com esta não vou ter de me preocupar. acho que está safa para a vida!
sexta-feira, abril 2
afogamento
pois hoje continuo afogada, mas é em trabalho.
até ao meu regresso!
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até ao meu regresso!
quinta-feira, abril 1
...
... e já deixou de chover. só porque a água está toda cá dentro. hoje sou filha de neptuno, sou peixe de águas profundas.
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...
... chove.
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... para os dias mais tristes.
depois de uma terrível sessão de intimidação, de uma série de maus tratos físicos e psicológicos de que vos vou poupar, de ameaças diversas e uma insuportável chantagem emocional... tive de ceder. vocês nunca viram uma bruxa zangada, pois não? pois esta, a minha maga patalógica, é grande e bonita. mete respeito. pelo porte, pelo à vontade, pela exigência com que trata os amigos e com que os obriga a seguir em frente. mete respeito pela doçura que nos chega, quando fala. a minha maga é assim. tem uma aura que não se vê, mas que se sente logo logo, à partida.
mas a minha maga, linda, também perde as estribeiras. é bruta, agressiva. violenta. não tem dó nem piedade. deita pregos pelos olhos, cospe aranhas pelo nariz e saem-lhe morcegos desnorteados dos ouvidos. os seus dedos, esses, transformam-se em diabólicas cobras de cujas línguas pendem aguçados anzóis. confesso que tive medo. e decidi não lhe dar muita luta, ceder. portanto aqui vai. com o destaque que acha que merece, que exigiu.
uma mensagem esotérica, para os dias mais tristes.
«Bruxazote:
Esta frase que dás como cabeçalho ao teu querido blog, ‘Quem quer dizer o que sente não sabe o que há-de dizer. Fala parece que mente, cala parece esquecer» parece adequada a alguém que tem ascendente virgem e plutão na I, não te parece? E se te dissermos que alguém que pode falar assim terá um sol na VIII, estaríamos a dizer algo de estapafúrdio?
Gostávamos que pensasses um pouco sobre aquelas frases infantis e desprovidas de conteúdo que o Fernando, aquele gajo fixe, grande copincha nosso, diz, frases provavelmente inadequadas a pessoas com as características acima definidas, mas que lá no fundo no fundo, serão capazes de sentir qualquer coisa sem terem de se justificar... contornar...ou defender... Ele pede a um menino, que se dá pelo nome de Jesus (até me parece adequado à quadra) que durma dentro da sua alma. Que brinque com os seus sonhos, que o pegue ao colo. Que o leve para dentro de sua casa. Que dispa o seu ser cansado e humano e que o deite na sua cama. Que lhe conte histórias e que lhe dê sonhos seus para brincar... até que nasça qualquer dia que só o menino Jesus sabe qual é...
Pois é, menino Jesus procura-se!!! Mas ao menos não nos calámos e quisemos lembrar-te que o ‘gajo’ sempre sabia algumas coisas e que nos lembra a nós que é possível chegar esse dia.
Queríamos aproveitar o teu blog para dizer a essa pessoa que estamos com ela nessa sua busca infindável. E se pudermos ajudar a baixar as defesas para que abra os braços à vida e a acolha sem medos, com serenidade e tranquilidade, também estaremos lá... Sabes porque lhe queremos dizer isto??? Porque a amamos!!!»
disseram. ficou registado. bjs
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mas a minha maga, linda, também perde as estribeiras. é bruta, agressiva. violenta. não tem dó nem piedade. deita pregos pelos olhos, cospe aranhas pelo nariz e saem-lhe morcegos desnorteados dos ouvidos. os seus dedos, esses, transformam-se em diabólicas cobras de cujas línguas pendem aguçados anzóis. confesso que tive medo. e decidi não lhe dar muita luta, ceder. portanto aqui vai. com o destaque que acha que merece, que exigiu.
uma mensagem esotérica, para os dias mais tristes.
«Bruxazote:
Esta frase que dás como cabeçalho ao teu querido blog, ‘Quem quer dizer o que sente não sabe o que há-de dizer. Fala parece que mente, cala parece esquecer» parece adequada a alguém que tem ascendente virgem e plutão na I, não te parece? E se te dissermos que alguém que pode falar assim terá um sol na VIII, estaríamos a dizer algo de estapafúrdio?
Gostávamos que pensasses um pouco sobre aquelas frases infantis e desprovidas de conteúdo que o Fernando, aquele gajo fixe, grande copincha nosso, diz, frases provavelmente inadequadas a pessoas com as características acima definidas, mas que lá no fundo no fundo, serão capazes de sentir qualquer coisa sem terem de se justificar... contornar...ou defender... Ele pede a um menino, que se dá pelo nome de Jesus (até me parece adequado à quadra) que durma dentro da sua alma. Que brinque com os seus sonhos, que o pegue ao colo. Que o leve para dentro de sua casa. Que dispa o seu ser cansado e humano e que o deite na sua cama. Que lhe conte histórias e que lhe dê sonhos seus para brincar... até que nasça qualquer dia que só o menino Jesus sabe qual é...
Pois é, menino Jesus procura-se!!! Mas ao menos não nos calámos e quisemos lembrar-te que o ‘gajo’ sempre sabia algumas coisas e que nos lembra a nós que é possível chegar esse dia.
Queríamos aproveitar o teu blog para dizer a essa pessoa que estamos com ela nessa sua busca infindável. E se pudermos ajudar a baixar as defesas para que abra os braços à vida e a acolha sem medos, com serenidade e tranquilidade, também estaremos lá... Sabes porque lhe queremos dizer isto??? Porque a amamos!!!»
disseram. ficou registado. bjs